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Gás de cozinha vai a R$75 após aumento da Petrobras

Para seguir a metodologia atual, a Petrobras aplicou, este ano, reduções nos preços em janeiro e abril

Conforme apurou a reportagem do JPNEWS o produto saltou de R$65 para R$75 - Lucas dos Anjos/JPNEWS
Conforme apurou a reportagem do JPNEWS o produto saltou de R$65 para R$75 - Lucas dos Anjos/JPNEWS

O impacto em Paranaíba no botijão de gás GLP-13 – gás de cozinha- desde que a Petrobras anunciou o aumento de 8,5% na manhã de terça-feira (6) foi de R$ 10. Conforme apurou a reportagem do JPNEWS o produto saltou de R$65 para R$75 no município.

Em cinco depósitos pesquisados ambos os revendedores informaram que o gás teve aumento de R$10 e não há valor diferente para os clientes que optam por retirarem o produto no ponto de venda.

De acordo com a Petrobras, na média nacional, o preço de venda nas refinarias da companhia, sem tributos, será equivalente a R$ 25,07. Desde janeiro, quando passou a ter reajustes trimestrais, a alta acumulada do produto é de R$ 0,69 ou 2,8%.

Para o empresário José Francisco da Silva, o Branco, 38, que utiliza em média dez botijões por mês, o aumento é muito negativo, uma vez que eleva os custos diários do restaurante. “Tem um significado negativo para a empresa, pois elevará meus custos, que já não são baixos e com o aumento do gás as coisas complicam muito”, explica ele.

O empresário não sabe ainda como fará para ajustar a despesa a mais. “De imediato não sei se seria a alternativa a por em prática, mas vamos pensar nisso, porque de uma forma geral afeta o bolso dos clientes também”, conta ele que se diz a favor do preço do gás, mas contra o ganho salarial dos brasileiros.

Karytania Peralta Seccatto Calassa, 33, utiliza no restaurante cerca de 20 botijões por mês e acredita que não será fácil manter o valor da refeição sem aumento. “Eu não pretendo subir, mas não vai ser fácil, pois está um abuso o preço do gás, e a gente sabe que esse aumento influência em tudo, inclusive nas compras de mercado”, disse.

Já a dona de casa Analice Custódio da Silva, 58, pontua que o aumento atinge diretamente o orçamento das famílias que ganham menos. “Para quem tem uma renda boa, dez reais não significa nada, mas para pessoas como eu que sou aposentada tirar mais esse valor pesa muito”, pontuou.

Para seguir a metodologia atual, a Petrobras aplicou, este ano, reduções nos preços em janeiro e abril e uma elevação em julho. O preço representa um ajuste de R$ 1,97 em relação aos R$ 23,10 em vigor desde julho. Segundo a companhia, os motivos para a alteração dos preços foi a desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP. “A referência continua a ser a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%”, apontou.

Conforme a Petrobras, “o objetivo da metodologia é suavizar os impactos derivados da transferência da volatilidade externa para os preços domésticos”. A estatal informou que o mecanismo leva em consideração a necessidade de praticar preços para o produto com referência no mercado internacional e a Resolução 4/2005 do Conselho Nacional de Política Energética.