A nova forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), impactou diretamente o mercado de combustíveis. O imposto passou a ter, desde o dia 1º de maio, uma alíquota única sobre o óleo diesel e sobre o GLP, que é o gás de cozinha.
Até o dia 30 de abril, o valor era calculado a partir de uma porcentagem do preço médio ponderado ao consumidor final. Mas desde o dia 1º, foi acrescido o valor de R$ 7,49 para as revendedoras.
Segundo Zenildo Dias do Vale, presidente do Sindicato das Empresas de Gás da região Centro Oeste (Sinergás), para os consumidores, o repasse pode ser ainda maior. “O reajuste pode chegar até R$10, por que, além do imposto, tem o valor do frete, pois as revendedoras retiram os botijões na Capital do Estado”.
Esse aumento, já foi repassado ao consumidor três-lagoense. Até os últimos dias do mês de abril, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Procon, o gás poderia ser encontrado na cidade por R$115, já com o valor da taxa de entrega. Nesta semana, depois de realizada uma pesquisa informal, nossa equipe de reportagem verificou que, em alguns estabelecimentos, o botijão chega a custar R$133 para receber o produto em casa.
Celso José de Souza, que é proprietário de um depósito de gás localizado no bairro Paranapungá, disse que ainda não repassou o valor para seus clientes e que isso será feito de forma gradativa.
“Acredito que em 20 dias já vamos repassar o valor do aumento, mas o impacto é muito grande por botijão porque compramos já com a margem de lucro muito baixa. Passar isso para os nossos clientes, que são da periferia é muito difícil. É complicado explicar para uma dona de casa que o gás de cozinha subiu quase R$ 8.
Souza informa que, por enquanto, absorveu as despesas e teve que mandar um funcionário embora para dar conta das despesas. “Ficamos na corda bamba para manter as portas abertas”.