Com mais de 47% de aumento no preço do gás de cozinha em alguns pontos de vendas e a alta nos alimentos, empresários da Capital sentiram mais uma vez as compras pesarem, é o caso de Maria Elivanete, proprietária de um restaurante popular. Ela chega a servir 75 marmitas por dia e afirma que não esperava pelo aumento no preço do gás de cozinha.
“Eu vinha pagando no gás R$ 88, derrepente eu ligo para pedir um botijão e já estava R$ 130,00, fiquei besta de ver o valor que subiu de um dia para o outro, eu consegui achar um que me vendesse a R$ 98,00 e fechei com esse fornecedor, mas ainda assim como eu uso o botijão pequeno de 13 Kg, varia muito os dias que duram um gás”, reclama.
A empresária viu o custo com o gás aumentar em mais de cem reais por semana, já que o consumo médio nesse período é de 3 botijões na cozinha do restaurante. E ainda teve a alta recente nos preços da gasolina e de alguns alimentos. Diante dessa situação, Maria optou por reduzir o lucro, ao invés de repassar os valores para o consumidor. O receio é de perder clientes:
“Já tivemos uma alta muito grande das coisas e a gente não repassou para o cliente, estamos tentando segurar mais um pouco, mas se continuar subindo do jeito que tá, não tem outro jeito a não ser fazer um reajuste no preço. Eu estou procurando manter a qualidade do produto e manter os funcionários para não dispensar nenhum, eu acredito que vai passar, mas quando vai passar?”, questiona a empresária.
O colunista da CBN Finanças, Hudson Garcia, informou que esses aumentos nos preços de produtos essenciais, são reflexo da dolarização que pressiona as commodities no mercado agropecuário e que não há expectativa de queda a curto prazo:
“O fato de o Governo zerar os impostos de importação de alguns produtos e alimentos, não significa que os preços vão despencar, pois eles dependem de elementos sazonais e climáticos", explica o colunista.
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