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Começa hoje reunião do Copom; expectativa é de manutenção da Selic

Selic deve voltar a subir em 2019

Taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos - Arquivo/Agência Brasil
Taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos - Arquivo/Agência Brasil

A última reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa nesta terça-feira (11) em Brasília. Na quarta-feira (12), após a segunda parte da reunião, será anunciada a decisão sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Instituições financeiras consultadas pelo BC esperam pela manutenção da taxa básica de juros em 6,5% ao ano, nesta semana. Esse é o menor nível da taxa básica.

De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% em julho de 2015. Nas reuniões seguintes, a taxa foi mantida nesse patamar.

Em outubro de 2016, foi iniciado um longo ciclo de cortes na Selic, quando a taxa caiu 0,25 ponto percentual para 14% ao ano. Esse processo durou até março deste ano, quando a Selic chegou ao seu mínimo histórico. Nas reuniões de maio, junho, agosto, setembro e outubro de 2018, o Copom optou por manter a Selic em 6,5% ao ano.

Para as instituições financeiras, a Selic deve voltar a subir em 2019, encerrando o período em 7,5% ao ano. Na semana passada, a expectativa estava em 7,75% ao ano. A primeira reunião do Copom de 2019 será realizada em fevereiro.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Inflação

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA registrou deflação de 0,21% em novembro e acumula alta de 4,05% em 12 meses, abaixo do centro da meta de inflação, que é de 4,5%. Essa meta tem limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Com o resultado da inflação em novembro, as instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram ainda mais a previsão para o IPCA. A estimativa para o índice neste ano caiu pela sétima vez seguida, ao passar de 3,89% para 3,71%. Para 2019, a projeção foi reduzida pela quinta vez consecutiva, caindo de 4,11% para 4,07%.

A manutenção da Selic na reunião, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.

Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da taxa. Segundo o BC, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.

Para cortar a taxa básica de juros, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. (Com informações da Agência Brasil)