A manifestação dos caminhoneiros autônomos, em Três Lagoas, já completou 24 horas e o bloqueio em trecho da BR-262, na saída para o estado de São Paulo, parece que segue por tempo indeterminado. Mais de 300 caminhoneiros aderiram à paralisação contra o aumento do diesel e, como forma de protesto, um grupo da categoria fez até churrasco no meio da rodovia.
O intuito é chamar a atenção pelo reflexo que a paralisação já começa a gerar em diversas partes do país e afetar a distribuição de alimentos, combustível e outros produtos. “Vamos ver se começar a faltar a carne na mesa do político, do governante, se a situação não muda. Somos nós que levamos e trazemos tudo nesse país. Mas, também somos ignorados pelo governo”, declarou o motorista Cláudio Ramos.
Ele atua há mais de 30 anos como caminhoneiro e disse ainda que tem a expectativa de que a manifestação possa causar algum impacto para a redução dos preços dos combustíveis. Outro motorista declarou que o protesto em Três Lagoas não tem data para encerrar.
Mais de 300 caminhões estão estacionados às margens da BR-262, no perímetro urbano da avenida Ranulpho Marques Leal, como também em trecho da BR-158, que dá acesso a outras cidades, como Inocência, Aparecida do Taboado, por exemplo. A paralisação começou na tarde de terça (22).
Em Mato Grosso do Sul, na tarde desta quarta-feira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou interdições em 17 municípios: Paranaíba, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande; São Gabriel do Oeste; Bandeirantes; Dourados; Paraíso das Águas; Brasilândia; Rio Verde de Mato Grosso; Sidrolândia; Chapadão do Sul; Cassilândia; Guia Lopes da Laguna; Rio Brilhante, Caarapó; Naviraí e Eldorado.