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Cresce número de empregadas domésticas à procura de emprego em Três Lagoas

Em maio, 20 pessoas estiveram na Casa do Trabalhador procurando por trabalho doméstico

Em maio, 20 pessoas estiveram na Casa do Trabalhador procurando por trabalho doméstico - Ilustração
Em maio, 20 pessoas estiveram na Casa do Trabalhador procurando por trabalho doméstico - Ilustração

Durante o mês de maio, Três Lagoas  o crescimento do número de mulheres que desejam trabalhar como empregadas domésticas em residências familiares.  Segundo a diretora da Casa do Trabalhador, antigo Ciat, Fátima Montanha, essa circunstância  se deve a instabilidade econômica que o município e o País atravessa.

Conforme Fátima, em maio, 20 pessoas estiveram na Casa do Trabalhador procurando por vagas para trabalho doméstico. “Houve uma inversão em maio, pois, a maioria das pessoas querem trabalhar em fábricas ou escritórios, mas devido a crise financeira, quem busca por emprego acaba fazendo outras escolhas considerando a necessidade de obter uma renda, uma vez que têm contas para pagar”, avaliou a diretora do órgão. Até então, a média de oferta era de quatro a cinco por mês.

Outro fator que pode estar levando quem busca por trabalho a optar pela atividade de emprego de doméstica é a recente aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) das Domésticas, que iguala direitos  à essas profissionais, garantindo entre as conquistas o adicional noturno; obrigatoriedade do recolhimento do FGTS por parte do empregador; seguro-desemprego; salário-família; auxílio-creche e pré-escola; seguro contra acidentes de trabalho; e indenização em caso de despedida sem justa causa.

Por outro lado, a aprovação da PEC deixou muitos empregadores ficassem receosos, os quais passaram a procurar por diaristas, que trabalham no máximo duas vezes na semana, evitando o vínculo empregatício. “Em maio, apenas cinco empregadoras deram entrada na Casa do Trabalhador solicitando doméstica fixa. As donas de casa estão retraídas devido às inúmeras novidades nos recolhimentos, sem contar que as referências que são repassadas para quem procura essas profissionais, nem sempre são satisfatórias”, ressaltou Fátima.

As diaristas podem reivindicar os mesmos direitos de uma empregada doméstica quando trabalharem três ou mais vezes por semana em dias estabelecidos pelo patrão, caso recebam por mês ou quinzenalmente um salário fixo e não possam faltar nos dias combinados.