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Crise pode isolar presidente do Misto com demissão de diretores

Diretores do “Carcará da Fronteira” cogitam renunciar a cargos no clube; time segue indefinido para disputa neste ano

Equipe que disputou o campeonato estadual, no início do ano, corre o risco de ser desfiliada - Elias Dias/JP
Equipe que disputou o campeonato estadual, no início do ano, corre o risco de ser desfiliada - Elias Dias/JP

O clima no Misto Esporte Clube – único time de Três Lagoas na primeira divisão do Futebol Sul-mato-grossense – não é dos melhores ultimamente. Dirigentes da equipe ameaçam abandonar os cargos por divergência com o presidente Jamiro Rodrigues.

A informação foi passada ontem pelo próprio Jamiro, em entrevista, ao comentar sobre qual campeonato o clube participará neste ano, para manter-se na elite do futebol do Estado. O presidente disse apenas que aguarda o desfecho da situação para definir a competição.

Jamiro participa hoje de uma reunião na Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. Ele disse que acompanha a polêmica com expectativa e aponta uma possível solução. ”É preciso aguardar mais tempo para ver como ficará essa situação. Temos os suplentes que podem substituir esses diretores [que saírem], caso isso aconteça”, afirmou.

“Para trabalhar com futebol é preciso ter conhecimento e vontade. Se falta isso, falta tudo. Futebol não é fácil”, declarou.

O dirigente admitiu que boatos de demissão em massa da diretoria surgiram após a renúncia do ex-presidente Antônio Carlos Teixeira.

O tesoureiro do clube, Amarildo Ferreira Marco, admitiu que abandonará o cargo. “Estou aguardando alguns acontecimentos e, se a maioria dos diretores se afastar, eu vou também. O motivo é a falta de apoio e comprometimento de alguns diretores, porque, às vezes, as pessoas assumem, mas não aparentam”, disse.

Teixeira comentou que Jamiro “está fazendo uma revolução muito grande e nem todos compactuam com essas mudanças. Em vez dele vir conversar comigo sobre assuntos do clube, ele procura pessoas próximas a mim. Mas o Misto é da cidade e eu quero ajudar, mesmo não fazendo mais parte. Às vezes, o excesso de amor ao clube pode influenciar em algumas situações”.

Questionado sobre a possibilidade de voltar à presidência, Teixeira não descarta. “Pode acontecer, sim”, disse.

Para renunciar, os diretores precisam entregar ao presidente uma carta registrada em cartório. De acordo com Jamiro, nenhuma carta foi entregue até a tarde de ontem.

O dirigente disse que o estatuto do clube prevê a convocação de uma reunião para reposição de cargos vagos, em caso de renúncia.