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Desembolsos do BNDES em 2008 atingiram R$ 90,8 bi

Os desembolsos realizados pelo banco estatal permitiram investimentos de aproximadamente R$ 167,7 bilhões em 2008

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008 foram de R$ 90,878 bilhões, segundo tabela divulgada hoje pela instituição. O valor supera a previsão inicial do banco para o ano passado, de R$ 80 bilhões, e fica um pouco abaixo da projeção de R$ 91,5 bilhões feita pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em entrevista publicada no dia 11 pelo jornal O Estado de S. Paulo. Mas é quase o dobro da média anual de liberações do banco de 2003 ao ano passado, que foi de R$ 45,9 bilhões, e supera em muito o total de 2007, que foi de R$ 64,892 bilhões.

Os desembolsos realizados pelo banco estatal permitiram investimentos de aproximadamente R$ 167,7 bilhões em 2008. As contrapartidas dos investidores apoiados foram de R$ 76,8 bilhões. Dentre os investimentos totais, os fixos adquiridos no País foram de R$ 104,4 bilhões e possibilitaram a geração ou manutenção de 2,8 milhões de empregos em 2008. Não se considerou no cálculo dos empregos, feito pelos economistas do BNDES, as operações de refinanciamento ou reestruturação societária, participações acionárias, aquisição de equipamentos importados e financiamento das exportações.


Foi a primeira vez que a quantidade de empregos gerada ou mantida por projetos apoiados pelo BNDES superou a marca de 2 milhões. Foi também obtida no ano passado a relação de 27,4 empregos para cada R$ 1 milhão em investimento fixo, a mais alta relação de geração de empregos por investimento fixo desde o início da série estudada por economistas do BNDES, em 2003. A segunda maior relação foi em 2003, de 24,4 empregos por R$ 1 milhão. O aumento decorreu de uma maior participação de setores com efeito multiplicador em empregos indiretos nos desembolsos do banco.


Segundo o BNDES, as empresas financiadas pelo banco geram mais postos de trabalho do que as demais no longo prazo. A instituição cita que há um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em fase de conclusão, mostrando que as companhias que obtiveram empréstimos no BNDES empregaram, no terceiro ano após o financiamento, 28% mais trabalhadores do que as que não obtiveram crédito da instituição.


Outra conclusão, diz a nota do BNDES, é que as empresas apoiadas também se tornaram mais produtivas e "no terceiro ano após a concessão de crédito, a produtividade daquelas empresas era 36% superior a das não financiadas pelo banco".