De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Máquinas e Equipamentos e publicado no jornal Folha de S. Paulo, a dívida de prestadoras de serviço da Petrobras com cerca de cem fornecedores saltou de R$ 27 milhões, em dezembro de 2014, para R$ 411 milhões até o mês de abril deste ano.
O levantamento aponta que a investigação da Operação Lava Jato deixou um cenário sem precedentes de dívidas das prestadoras de serviços da Petrobras com seus fornecedores. A situação se agravou ainda mais diante da crise financeira das empreiteiras investigadas na operação e devido à indefinição nos investimentos na estatal para os próximos anos.
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Ainda segundo o levantamento, o Consórcio UFN 3, formado pelas empresas Galvão Engenharia e Sinopec , até então responsável pela construção da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras, em Três Lagoas, é o terceiro que mais deve para fornecedores, somando uma dívida de R$ 34 milhões. A empreiteira Ecovix é a primeira, e deve R$ 65, 7 milhões, segundo o levantamento. Em segundo lugar aparece o consórcio Integra, formado pelas empresas Mendes Junior e OSX, com uma dívida de R$ 64,1 milhões.
Em dezembro do ano passado a Petrobras rompeu o contrato com o Consórcio UFN 3, sob a alegação de descumprimento de cláusulas. Com isso, as obras da fábrica de fertilizantes foram paralisadas e, até hoje está sem previsão para ser concluída.
