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Dourados terá a primeira usina de etanol de milho em MS

Licença ambiental dada pelo Imasul permite o início das atividades, ainda neste mês, na primeira fase de implantação

Obras da usina de etanol no município de Dourados - Foto: Divulgação Inpasa
Obras da usina de etanol no município de Dourados - Foto: Divulgação Inpasa

Na próxima semana, dia 11 de abril, inicia a produção da primeira usina de etanol fabricado a partir do milho, em Mato Grosso do Sul. Com planta instalada ao lado da BR-163 no município de Dourados, região sul do Estado, a Inpasa Agroindustrial vai inaugurar a primera fase da implantação da indústria, com capacidade para produzir 400 mil metros cúbicos ao ano de etanol, além de 360 toneladas/dia do DDGS – grãos proteicos usados na formulação de ração animal – e 37,5 mil litros/dia de óleo vegetal.

Na segunda fase – cujas instalações devem estar prontas em julho – o volume da produção deve dobrar e agrega ao complexo industrial de Dourados, três novos negócios. O primeiro deles é uma fábrica de refino de óleo com capacidade inicial de 210 mil toneladas ao ano, a partir do óleo bruto produzido nas diversas plantas do grupo, com capacidade de expansão.

O segundo negócio será uma usina fotovoltaica com geração de 13 mil MW/ano de energia elétrica, por meio de 11.500 placas solares, ocupando uma área de 10 ha. Também está contemplado o 3º polo Inpasa de prestação de serviços com posto de combustíveis, restaurantes, lanchonetes, farmácias, lojas de conveniências, serviços mecânicos dentre outros. 

“A planta de Dourados vem para contribuir e transformar o Mato Grosso do Sul, em especial a cidade de Dourados, em um grande polo de biocombustíveis e de bioeletricidade", afirmou o vice-presidente da empresa, Rafael Ranzolin.

O investimento total previsto na indústria é de R$ 2 bilhões, sendo R$ 100 milhões oriundos de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O grupo industrial é atualmente o maior produtor de combustível limpo e renovável à base de milho, na América Latina.

A Licença de Operação, que possibilita o início das atividades, foi entregue pelo Imasul, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, no último dia 30 (Março). Ranzolin se mostrou supreso com o curto prazo na análise, tramitação dos processos e liberação da licença. “A gente não imaginava que seria assim. Tirar uma licença de operação em 30 dias. Geralmente é o contrário"! 

A Inpasa Agroindustrial tem duas unidades no Paraguai e outras duas em operação no Brasil. Segundo o Imasul, a licença ambiental é documento indispensável para a concessão de outros alvarás, como a autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

MÃO DE OBRA

Participaram da construção da obra cerca de três mil trabalhadores diretos e seis mil indiretos, contemplando mais de 90 empresas parcerias na execução de serviços.  Ao todo, mais de 600 empregos diretos devem ser gerados. 

Prestes a entrar em operação, a Inpasa Dourados já emprega cerca de 400 profissionais diretos e, de maneira indireta, abrange mais de oito mil famílias em diversas cadeias produtivas e no ramo de suprimentos que abastece a indústria.

SERVIÇO

Trabalhadores interessados em participar do processo seletivo de vagas para a indústria, no polo de Dourados, devem enviar currículo para [email protected]

OUTRO EMPREENDIMENTO

Em fevereiro, o Imasul entregou a Licença Prévia para instalação de mais uma usina de etanol de milho no estado, dessa vez para a empresa Neomille, no município de Maracaju. A usina será instalada às margens da rodovia MS-157 em uma área de 115 hectares e investimento estimado em R$ 1 bilhão e geração de 150 empregos diretos e cerca de 500 indiretos.

O empreendimento pertence à CerradinhoBio, maior complexo produtor de bioenergia da América Latina, com unidades industriais em Chapadão do Céu (GO).  A meta de processamento anual, na planta de Maracaju é de 1,2 milhão de toneladas de milho ao final de todo o processo de implantação da usina, que está licenciada para produção de 537 mil metros cúbicos/ano de etanol, além de subprodutos como o DDG, ou farelo de milho (1.086 toneladas/dia), geração de 44 MW de energia e produção de 58 mil litros de óleo de milho ao dia.