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Economia dá os primeiros sinais de recuperação, diz Palácio do Planalto

Alta da bolsa, queda do risco Brasil, fortalecimento do real, melhora de indicadores de confiança

Michel Temer apresentou balanço de seus 100 dias no cargo - Reprodução
Michel Temer apresentou balanço de seus 100 dias no cargo - Reprodução

Com 100 dias do governo em exercício, a economia já dá os primeiros sinais de recuperação. Termômetros importantes e que mostram como anda a saúde de um País, como o risco Brasil, indicadores de confiança de empresas e de famílias, sugerem que o Brasil foi recolocado nos trilhos do crescimento.

As empresas que formam o principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, tiveram ganhos expressivos no período, sobretudo depois de maio, quando o governo em exercício tomou posse. Com isso, no ano, o valor dessas companhias cresceu em R$ 500 bilhões.

Além disso, o governo obteve importantes vitórias no Congresso Nacional, que vão ajudar a economia voltar a crescer.

Confira as principais medidas econômicas e avanços do período:

Congresso aprova nova meta fiscal com a elevação do déficit primário para R$ 170,5 bilhões; é a primeira vitória de Temer no Legislativo: Para trazer o realismo de volta às contas públicas, o governo propôs ao Congresso uma mudança na meta fiscal. Já em maio, o Legislativo aprovou a mudança, e, para este ano, o governo federal tem como meta garantir que o déficit primário não ultrapasse R$ 170,5 bilhões.

Governo envia ao Congresso proposta de teto de gasto por até 20 anos: O governo em exercício apresentou Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos, em junho. Essa é a primeira grande reforma estrutural do tipo e que vai fazer com que as despesas de um ano cresçam apenas o equivalente à inflação do ano anterior – isso, na prática, significa crescimento real zero.

A medida vai devolver o equilíbrio fiscal ao País, e o governo precisará de menos recursos da sociedade para se financiar. A ideia é que a medida tenha validade de 20 anos, com possibilidade de revisão da regra a partir do décimo ano de vigência.

Temer sanciona Lei das Estatais, que torna mais rígida as nomeações para empresas públicas: O presidente em exercício, Michel Temer, sancionou a Lei de Responsabilidade das Estatais em 1º de julho. A medida proíbe que pessoas com atuação partidária com cargos públicos ocupem postos de direção das estatais. Com essa restrição, busca-se evitar que sejam feitas indicações políticas para o comando de estatais.

Outra mudança importante é a que exige a quarentena de 36 meses para que dirigentes de partidos e pessoas que trabalharam em campanhas eleitorais assumam a direção de estatais. Para ser nomeado dirigente de uma empresa pública, o servidor deverá ter dez anos de experiência em empresas do setor ou ter atuado por quatro anos em instituições similares.

Câmara aprova texto-base da renegociação da dívida dos Estados: O presidente em exercício, Michel Temer, fechou acordo com governadores sobre o tema. Entre outras ações, esse acordo dá novos prazos para o pagamento das dívidas dos Estados com a União. Um novo contrato foi necessário para dar alívio aos governos estaduais, que estavam com o caixa no limite. O trato prevê que haverá uma carência até dezembro, ou seja, o pagamento das parcelas fica suspenso até o fim do ano. Em janeiro, quando eles voltarem a pagar, as faturas mensais terão descontos.

Nomeação de equipe econômica de peso: Encabeçado pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a equipe soma nomes de importantes profissionais para desenvolver e implementar um novo projeto econômico que resgate a confiança de empresas e de famílias, além de gerar crescimento, emprego e renda.

Corte de 4.307 cargos em comissão e funções: Medida vai permitir uma economia de R$ 230 milhões por ano aos cofres públicos. O governo visa ainda tornar mais eficiente e enxuta a estrutura do governo e aprofundar o processo de profissionalização da administração pública.

Reorganização dos ministérios: Medida buscou ajudar a enxugar as contas públicas com o consequente corte de cargos e possibilitará que o governo federal funcione com mais eficiência.

Criado grupo de trabalho com centrais sindicais para discutir reforma da Previdência: Um dos principais combustíveis para o déficit nas contas públicas, o governo em exercício criou um grupo de trabalho formado por trabalhadores e integrantes do Executivo e do Legislativo. As propostas serão apresentadas em breve.

Primeiros resultados reais: Desde meados de maio, indicadores de confiança de empresas e famílias abandonaram suas trajetórias de queda e passaram a subir. Para o País, quanto maior a confiança, mais projetos de investimento saem da gaveta, o que gera emprego e renda. O ganho de otimismo ainda levou a mais mudanças e, nesse período, a bolsa subiu e agora gira ao redor dos 59 mil pontos, o real se fortaleceu e o risco Brasil caiu praticamente pela metade comparado ao que se observava em janeiro. Em agosto, depois de seis meses em queda, a intenção de consumo das famílias voltou a avançar.

Governo revisa projeção para PIB de 2017 de 1,2% para 1,6%: Com mudança no cenário e primeiros ganhos reais, o Ministério da Fazenda divulgou novos parâmetros para o Orçamento do próximo ano. A expectativa, agora, é de mais crescimento.

Extinção do Fundo Soberano: Governo decidiu vender os ativos que compõem o Fundo Soberano, cerca de R$ 2 bilhões. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicou, durante a divulgação de medidas para estabilizar a economia, que essa operação será feita com cuidado, para não gerar movimentos artificiais nos preços desses ativos. Parte do fundo é formado por ações do Banco do Brasil.

Devolução de ativos do BNDES para o Tesouro: Para conter a dívida pública e aumentar o nível de confiança no Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devolverá R$ 100 bilhões em ativos que pertencem ao Tesouro Nacional. (Com informações do Portal Brasil)

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