Mato Grosso do Sul conseguiu obter desempenho acima da média nacional mesmo em ano de pandemia. Aumentou o PIB em 2,2%, expansão da área de plantio agrícola e de eucalipto, além de maior atração de indústrias. Estes foram alguns dos resultados destacados pelo secretário de Estado de Produção, Meio Ambiente, e Agricultura Familiar, Jaime Verruck , em entrevista à rádio CBN Campo Grande, integrante do Grupo RCN de Comunicação, na terça-feira (20). O secretário falou ainda sobre a geração de empregos, que também cresceu mesmo na pandemia. Confira aos principais pontos da entrevista
Como o senhor avalia a economia estadual neste ano de pandemia?
Verruck – Mesmo em ano de pandemia conseguimos resultados positivos. Tivemos crescimento do PIB em 2,2%, este foi o maior índice de crescimento nacional. Isso mostra que houve geração de riquezas no Estado, os quais vieram do agronegócio e da agroindustrialização. Vários segmentos foram afetados pela pandemia, principalmente as micro e pequenas empresas, setor de bares, restaurantes e hotéis e isso teve grande impacto nos empregos. Mesmo assim, iniciamos o ano com mais de 7 mil vagas. Ou seja, acho que mesmo com a pandemia estamos crescendo. Isso é salutar pelo equilíbrio que o governo conseguiu chegar.
Qual o cenário para o agronegócio?
Verruck –Temos avanço nas exportações de soja, estimativa de preços altos, crescimento na exportação de bovinos, aves e suínos. Estas atividades estão dando sustentação mesmo na pandemia. Desde 2015 até hoje, o Estado incorporou quase 1 milhão de hectares de soja. Isso representa um avanço de quase 40% de crescimento. Só neste ano foram plantados 70 mil hectares de eucalipto adicionais. Tivemos a maior safra de milho da história. Ou seja, os resultados foram salutares com crescimento de arrecadação e equilíbrio fiscal que vieram do agronegócio.
Como estão os projetos das ferrovias no Estado?
Verruck – Estamos trabalhando fortemente. A Ferroeste já existe no Paraná e vamos ter um ramal que vai de Cascavel (PR) até Maracaju. Estamos num momento de fazer todos os estudos e isto está bem avançado. Até setembro e outubro vamos finalizar os estudos e a perspectiva é que de março a outubro de 2022 a gente leve o projeto para leilão para que a iniciativa privada faça estes investimentos. Já a Malha Oeste, que vai de Mairinque (SP) até Corumbá, cruza de Leste a Oeste o Estado, está subutilizada. Acabamos de contratar através da PPI um estudo de relicitação. São 24 empresas que participaram dessa licitação para que elaborem estudos. Pretendemos relicitar em 2022 também a Malha Oeste. É importante para o Estado quando se fala em celulose. Temos uma ferrovia hoje que poderia se chamar quase uma ferrovia da celulose e do minério nós, portanto, temos de carga suficiente para viabilizar esta ferrovia.
E as rodovias estaduais?
Verruck – Temos ainda a questão da CCR, que vai entregar a rodovia e será relicitada. Isto vai depender do Ministério da Infraestrutura, o que pode ser feito, mas caminha bem. Estamos trabalhando dentro da Secretaria de Infraestrutura com o Fundersul para fazer links, termos um trânsito adequado e integrar o Estado de MS.
Como estão os projetos de novas fábricas de celulose no Estado?
Verruck – Estamos revisando o plano de florestas. Hoje, somos o segundo do país em produção florestal e somos líder nacional em celulose. Temos três plantas em Três Lagoas. Então acredito que temos possibilidade de ter mais três plantas de celulose no Estado. Não temos problemas com plantio de eucalipto na Costa Leste.