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Três Lagoas

Edital para retomada da UFN 3 sai em 2016, diz Petrobras

Estatal confirma fala do governador de MS sobre repasse da unidade a novo parceiro

Obras paralisadas em 2014 estão em 80% de seu cronograma concluídos, segundo a Petrobras - Divulgação/Petrobras
Obras paralisadas em 2014 estão em 80% de seu cronograma concluídos, segundo a Petrobras - Divulgação/Petrobras

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse ontem, em entrevista coletiva, que a Petrobras vai lançar em fevereiro de 2016  edital para buscar  um novo parceiro para a conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3), em Três Lagoas.

“Nós temos um compromisso do presidente da Petrobras e do diretor de Gás e Energia, de que em fevereiro lançarão edital  para ter um novo parceiro privado para concluir a  UFN 3. Então, estamos com essa pauta, com esse compromisso da própria Petrobras, de que vai retomar essa obra”, disse.

Em nota encaminhada ontem à noite à reportagem, a Petrobras reafirmou que o projeto tem, aproximadamente, 80% concluídos e que “objetiva sua conclusão por meio de uma reestruturação do negócio que não onere a companhia.”

O gerente executivo de Gás Química da Petrobras, Marcelo Souza Murta, disse em agosto deste ano, em Três Lagoas, que a estatal pretendia finalizar os 20% através de parceria com outro investidor, nos próximos dois anos. 

Murta disse ainda que a intenção era encontrar um parceiro do segmento de fertilizantes para concluir a UFN 3. “Já conversamos com algumas empresas dentro e fora do Brasil, e nessas reuniões há demonstração de interesse no empreendimento. Estamos entrando em uma fase de detalhar como está o empreendimento, e os riscos associados, para que os interessados possam fazer uma proposta vinculante, para, então, ser assinado contrato de parceria e  fazerem investimentos de capital equivalentes aos  20% necessários para a conclusão da obra”, destacou durante a vista que fez a Três Lagoas.

PARALISAÇÃO

Em dezembro deste ano completará um ano que as obras da fábrica foram interrompidas, após a Petrobras reincidir contrato com um consórcio formado pela brasileira Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum, da China. Cerca de R$ 3,5 bilhões foram investidos nas obras de construção, mas o contrato foi rompido pela estatal por descumprimento de cláusulas. 

A instalação da unidade tem como objetivo reduzir a dependência do Brasil na importação de insumos agrícolas nitrogenados.