A Eldorado Brasil pretende manter a média de 50 mil hectares de florestas plantadas anualmente para atender a nova linha de produção da fábrica de celulose, em fase de construção em Três Lagoas. De acordo com Germano Vieira, diretor florestal da Eldorado Brasil, em junho deste ano, a empresa encerrou as suas atividades florestais em São Paulo. Vieira explicou que, por dois anos, a empresa importou madeira de cidades do interior paulista para abastecer a unidade em Três Lagoas. “Essas atividades foram fundamentais para viabilizar o projeto de abastecimento da Eldorado. Trabalhamos por mais de dois anos em São Paulo e os trabalhos terminaram conforme planejado”, destacou.
Segundo a Eldorado Brasil, a suspensão das atividades em SP faz parte das ações para otimizar o uso de recursos. Somente com o pedágio eram gastos R$ 3 milhões ao mês para trazer a madeira produzida em SP para Mato Grosso do Sul. “As florestas de São Paulo cobriram o déficit temporário até que as florestas plantadas de Mato Grosso do Sul estivessem prontas para a colheita”, destacou o diretor florestal da Eldorado Brasil.
A empresa fecha o ano com mais de 200 mil hectares plantados e com uma produção de 1,7 milhão de toneladas de madeira por ano atingida. Somente nos primeiros nove meses desse ano, foram colhidos mais de 4,2 milhões de m³ de eucalipto para atender a produção.
O setor florestal emprega, sozinho, pouco mais de 50% de toda a mão-de-obra direta da empresa. “Na Eldorado Brasil contamos com a colaboração de 4,5 mil pessoas diretas. Destas, mais de 2,5 mil fazem parte da área florestal”, explicou o diretor florestal.
A empresa informou que aposta na mecanização da atividade para garantir a competitividade. Atualmente, explicou, 85% de todo o processo, desde a preparação do solo, plantio até a colheita é feito por máquinas. A média do setor, completou a companhia, é de 42% de mecanização, segundo Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais (Ipef).
A gestão florestal é feita através do uso de tablets. Por meio de um aplicativo, é possível acessar as informações sobre as áreas plantadas. Entre esses dados, estão os coletados por drones, ou Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants).
Em Mato Grosso do Sul, a empresa informou que adota um modelo de negócio que prioriza o arrendamento. Para o diretor, esta forma de colaborar para o desenvolvimento local.