O promotor de Justiça Antonio Carlos Garcia de Oliveira, o Totó, concedeu entrevista na manhã desta terça-feira, 18, para anunciar aos ouvintes que não pretende mais participar da organização do Motoshow de Três Lagoas. Ele é idealizador do evento que realizou a 14ª edição neste fim de semana.
Totó alega que, infelizmente as pessoas que não entendem a diferença da sua atividade como promotor de Justiça e do hobby de motociclista e idealizador do Motoshow. “Não sei o que acontece, mas deixo claro que não tenho interesse político em ser prefeito ou vereador em Três Lagoas, caso esse seja o medo de alguém. Se quisesse, já tinha me candidatado nesses últimos 14 anos. Sou promotor há 25 anos e conheço bem a legislação e não enfiaria minha mão em qualquer ‘cumbuca’”, avaliou.
Ele afirmou que diante do evento, acabou angariando alguns algozes e enciumados. Inclusive até desconhecidos, que não sabem o que falam, passaram a ofendê-lo em redes sociais. “O Motoshow tem três objetivos: o da diversão, o de trazer renda para a cidade e o principal que é arrecada recursos para obras sociais do Rotary Clube, como era o caso da construção da ala de Oncologia no Hospital Auxiliadora”, destacou.
Totó lembrou ainda que, durante os últimos encontros de motociclistas, diversas ações sociais foram concretizadas, como é o caso da doação de uma Perua Kombi para o albergue; a construção de um barracão na Vila Piloto; reforma da Casa “Mãe Dirce”; investimentos na estrutura do espaço Arenamix; e outros. “Esse dinheiro não vai para o bolso dos organizadores. As pessoas desconhecem os fins do evento”, desabafou o promotor.
RENDA
O entrevistado afirmou não ter ainda o levantamento da renda arrecada com o Motoshow, uma vez que o levantamento demora um pouco para ser concluído, já que tem contas a ser pagas. “Posso adiantar que esperávamos uma renda boa. Já tivemos público maior, mas neste ano foi inferior. O propósito era dar um arranque na construção da ala de oncologia do hospital, mas os motociclistas não vieram para a cidade, pois souberam o que estava acontecendo quanto ao policiamento”, ressaltou.
Totó lembra que, no encontro de motociclistas de Brasília, onde são cinco dias de evento e conta com a participação de cerca de 45 mil motociclistas, o número de multas foi bem inferior ao de Três Lagoas. “Onde quer que eu vá, não há esse tipo de operação, mesmo fora do Brasil, como é o caso do evento da Argentina, por isso, de depender de mim, não participo mais, tanto que estou divulgando uma carta explicando meus motivos. O Motoshow é organizado pelo Rotary, eles é quem decidirão se ano que vem terá ou não”, concluiu Totó.