O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sinalizou ao governador Eduardo Riedel (PSDB) e à ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet a retomada de estudos e possíveis investimentos em fertilizantes e o interesse em ver de perto a situação da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), em Três Lagoas.
Na prática, isso reacende a expectativa de conclusão da obra, paralisada em 2019. O encontro foi realizado nesta semana no gabinete da ministra, em Brasília. “Foi uma reunião extremamente positiva onde trouxemos para a discussão a retomada das obras e conclusão da UFN3, que é uma expectativa, uma ansiedade de todo Mato Grosso do Sul. Foi uma reunião muito boa porque eles retomaram a agenda de fertilizantes e gás dentro da companhia, dentro da Petrobras, e sinalizaram uma discussão para que a gente possa nos próximos anos concluir esse que é um dos maiores ativos que nós construímos ao longo do tempo”, disse o governador Eduardo Riedel.
Em 2017, a estatal colocou a UFN3 à venda e disse que não tinha mais o interesse em continuar no segmento de fertilizantes. Agora, na revisão do plano de investimentos, voltou a colocar produtos petroquímicos e fertilizantes como prioridade.
A reunião que aconteceu na semana de aniversário de Três Lagoas era aguardada com grande expectativa, pois a conclusão e operação desta fábrica será mais um processo importante para o desenvolvimento econômico da cidade. “É uma boa notícia na semana de aniversário de Três Lagoas. Desde 2019 a Petrobras estava impedida de terminar a fábrica ou de investir em fertilizante e gás no Brasil. Agora, a Petrobras acaba de aprovar plano estratégico para 2024 até 2028 permitindo que, a estatal volte a estudar e fazer investimentos viáveis na exploração de gás e produção de fertilizantes”, disse Tebet.
Segundo a ministra, começa nesse segundo semestre os estudos e o presidente da Petrobras fará uma visita na UFN 3 para ver pessoalmente, conforme Simone, a grandeza e a importância da fábrica de fertilizante para Mato Grosso do Sul.
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A reunião contou ainda com a participação dos secretários de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, do Secretário de Governo, Pedro Caravina, e da Casa Civil, Eduardo Rocha.
A construção da UFN3 teve início em 2011 e foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. Em 2017 colocou a fábrica à venda. Uma empresa russa chegou a manifestar interesse na compra da fábrica.
Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador seria o de rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes.
O processo de venda foi encerrado e agora neste segundo semestre a Petrobras definirá o futuro da estatal.
A fábrica de Três Lagoas foi projetada para produzir 1,2 milhão de toneladas de ureia e 761.000 toneladas de amônia por ano.
