Entre os projetos, indicações e requerimentos discutidos e aprovados na sessão da Câmara Municipal de Três Lagoas, desta terça-feira (11), está um que revogou uma lei de doação de área para a instalação de uma indústria na cidade. Segundo o líder do prefeito na Câmara, Antônio Empeke Júnior, o Tonhão, o empresário desistiu de instalar uma fábrica de papéis na cidade.
A Unir Indústria e Comércio de Produtos Higiênicos anunciou a instalação da indústria de Três Lagoas em 2019. E pretendia trabalhar na fabricação de papéis descartáveis, sacolas de papel personalizadas e papéis especiais produzidos de acordo com as necessidades dos clientes.
A empresa é uma prestadora de serviço para as fábricas de celulose da cidade. Na época, solicitou uma área, a qual foi doada pela prefeitura, com o aval da Câmara.
O projeto, de R$ 190 milhões, previa que a celulose produzida em Três Lagoa fosse transformada em papéis de uso sanitário.
A pedra fundamental da fábrica foi lançada em setembro de 2019, com previsão das obras de terraplanagem e fundação serem iniciadas no mesmo ano, mas a instalação emperrou por problemas burocráticos, como necessidade de adequação do projeto, autorização da Marinha, já que uma balsa seria instalada no rio Paraná, bem como anuência de terceiros, já que a tubulação para captação de água no rio passaria por outras áreas.
Além disso, a empresa dependia também da liberação das licenças ambientais necessárias para o início da obra. Além dessas questões, e passado tanto tempo, o empresário desistiu porque pretende investir no Estado de São Paulo. Como a fábrica não saiu do papel, a área volta para o município.
Confira a reportagem abaixo: