O polêmico projeto de lei de autoria do Executivo Municipal que prevê empréstimo, no valor de R$ 120 milhões, foi aprovado pela maioria dos vereadores, durante sessão na Câmara Municipal. O montante deverá ser aplicado em obras de infraestrutura de drenagem e pavimentação asfáltica em bairros do município, conforme consta no projeto.
Apesar da proposta ter sido aprovada pelos vereadores, a operação de crédito com o Banco do Brasil deverá ainda ser apreciada pelo Senado Federal para que possa ser concedido através do Governo Federal aos cofres públicos municipais. Um dos critérios deste tipo de financiamento é aprovação mediante uma avaliação de obras já entregue pelo Executivo, como deve ocorrer neste caso.
O presidente da Câmara, Cassiano Maia (PSDB), destaca que as obras na cidade devem prosseguir e que o Executivo tem que realizar investimentos para o município. “O prefeito [Angelo Guerreiro] não pode parar. Ele tem que realizar investimentos na cidade e dar condições para que os próximos gestores deem continuidade nos projetos.
O objetivo é alcançar a cidade com 100% de pavimentação asfáltica e a macrodrenagem que afeta a população. Foi realizado um estudo juntamente com a parte técnica da prefeitura”, enfatizou. O presidente da Câmara ainda pontuou que o recurso deverá ser aplicado em ruas de bairros, como Vila Haro, Vila Alegre, Vila Verde, Maristela e Jardim das Violetas. Disse também que planejamentos como esse funcionam a longo prazo e que, a votação da sessão, foi apenas o primeiro passo.
Clima tenso e agressão
Por duas vezes, o projeto chegou a ser retirado de pauta após questionamentos por parte dos vereadores de oposição. Na sessão de terça-feira (17), não foi diferente. Já na votação da urgência para tramitação, vereadores demonstraram descontentamento da proposta do Poder Executivo para dar celeridade da votação e os ânimos “esquentaram”.
O clima ficou ainda mais tenso entre os vereadores Tonhão (MDB), líder do prefeito, e Sayuri Baez (Republicamos), da oposição. O bate boca começou após o vereador criticar a opositora por não concordar com a proposta e ainda questionou sobre supostos bens que não foram declarados por ela. Sayuri se sentiu ofendida.
Durante o intervalo da sessão, a vereadora seguiu Tonhão até o estacionamento do prédio, onde, segundo o parlamentar, foi agredido fisicamente por ela e insultado com palavras de baixo calão.
Pessoas que estavam presentes no plenário procuraram acalmar os ânimos da vereadora. Depois de alguns minutos a sessão foi retomada, para a continuidade das votações. Na ocasião, Tonhão informou que deve tomar as medidas cabíveis sobre o caso e pediu para ao presidente do Legislativo registrar em ata a agressão, registrada pelas câmeras de segurança da Câmara Municipal.
A equipe de reportagem tentou conversar com os vereadores sobre o caso, mas eles preferiram não falar sobre o assunto com a imprensa. A vereadora da oposição também pediu para que a Casa de Leis faça constar a fala dela em ata. Houve a cogitação de que o caso fosse parar na delegacia, mas até então, não há boletim de ocorrência. O presidente da Câmara disse que vai aguardar o resultado sobre a apuração dos fatos para que a Casa tome as medidas cabíveis ao caso.