Em Três Lagoas, os postos de combustíveis e estabelecimentos comerciais especializados na revenda de extintores tipo ABC, continuam com dificuldade para adquirirem os extintores.
Na última segunda-feira, 15, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), mais uma vez alterou o prazo para que a exigência do equipamento nos veículos passe a valer, em definitivo. O fim do prazo seria 1° de julho, mas a prorrogação, segundo a Agência Brasil, foi adiada por mais 90 dias, a pedido do Ministério das Cidades, que atende a um pedido da Associação Brasileira das Indústrias de Equipamentos Contra Incêndio e Cilindros de Alta Pressão (Abiex), sob alegação da falta de tempo hábil para abastecer o mercado.
Com a publicação no Diário Oficial da resolução, a nova data será 1° de outubro deste ano.
Em uma rede de postos de combustíveis da cidade, o gerente Alexander Pimentel Mendes Sobrinho, disse que o problema é que os fabricantes estão limitando a quantidade na hora de fazer a entrega, fornecendo somente entre 20 e 30 unidades, para cada um dos postos da rede. “Quando chega, em no máximo 10 dias já acaba. Quando passa algum revendedor, ele já quer receber a vista”, explicou Alex.
Em outro posto situado na avenida Antonio Trajano, Leandro Aparecido Marani afirma que a falta dos equipamentos vem ocorrendo desde o fim do ano, quando saiu a notícia da obrigatoriedade de uso do extintor do tipo ABC. Ele também cita a restrição dos fabricantes na hora de entregar. “Não estamos mais conseguindo manter nosso estoque e nem na venda. Fabricantes mandam entre 20 e 30 peças e tudo acaba em dois ou três dias”, avalia Leandro. “Última vez que recebemos foi na semana passada, mas já não temos mais”, completou.
O repórter do RCN Notícias, da Cultura FM – 106,5, de Três Lagoas, Nenê Veloso, esteve na manhã desta quarta-feira, 17, em postos de combustíveis da cidade, e foi comunicado que alguns já deixaram de revender extintores, por não terem retorno financeiro.
Conforme levantamento, os postos de combustíveis estão vendendo os extintores por preços que variam entre R$ 128 e R$ 130.
Já em uma loja que revende extintores, situada no bairro Santos Dumont, parece ser diferente a situação. A funcionária Jéssica Fleuri da Costa, 20 anos, afirmou que no local não faltam unidades dos equipamentos, inclusive dispõe de estoque. “Cerca de 40 pessoas vem até a loja para comprar extintores”, comentou a jovem, que disse vender cada unidade por R$ 120.
PRORROGAÇÃO
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve publicar a nova resolução para definir a partir de que dia a exigência passará a valer, mas a princípio o adiamento será de 90 dias.
A obrigatoriedade atinge automóveis de passeio, utilitários, caminhonetes, caminhão, trator, micro-ônibus, ônibus e triciclo automotor de cabine fechada.
A multa para quem não estiver com o extintor tipo ABC, sofrerá infração grave, terá penalidade de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 127,69.
O extintor ABC apaga incêndios em materiais sólidos como pneus, estofamentos, tapetes e revestimentos. O equipamento substituiu o extintor BC, antes vendido por valores que variavam entre R$ 60 e R$ 70. Ele apaga incêndio apenas em materiais elétricos energizados, como bateria de carro e fiação elétrica, e também nos combustíveis líquidos óleo, gasolina e álcool, materiais também recomendados para o ABC.
* Matéria editada às 18h para inclusão de informação