Em Três Lagoas, entre abril e maio, ao menos 500 consumidores foram incluídos no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), o comércio deixou de arrecadar mais de R$530 mil, só no mês de junho.
De acordo com dados da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas, as dívidas estão concentradas em valores que variam de R$ 100 até R$ 600. Consumidores não pagaram carnês, boletos ou cheques que variam de R$ 1,2 mil até o valor de R$ 3 mil.
Este cenário é semelhante ao nacional onde o percentual de famílias com dívidas atingiu 67,4% em julho, o maior nível da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgou hoje (28) a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A dívida mais comum entre os brasileiros é o cartão de crédito, declarado por três em cada quatro entrevistados, com 76,2%. Carnês foram mencionados em 17,6% das entrevistas; financiamento de carro, em 11,3% e financiamento de casa, em 10,1%.
A Peic também questiona os entrevistados sobre dívidas ou contas em atraso, percentual que chegou a 26,3% no geral, o maior valor desde setembro de 2017. A pesquisa mostra também a intenção das famílias em quitar suas contas, que chegou a 12% em julho, acima dos 11,6% de junho e dos 9,6% de julho de 2019.
Mais uma vez, o percentual cresceu para as famílias de menor renda e caiu para as mais ricas. Enquanto os lares com até 10 salários mínimos tiveram aumento de 28,6% em junho para 29,7% em julho, para os demais, o percentual caiu de 11,3% para 11,2%.