A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, anunciou nesta quinta-feira, 14, que o Conselho de Administração da companhia aprovou o Projeto Horizonte 2, que trata da ampliação de sua unidade de Três Lagoas, no estado do Mato Grosso do Sul.
A nova linha de produção terá capacidade de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. Somada à atual, já em operação, a unidade de Três Lagoas chegará a uma capacidade total de 3 milhões de toneladas/ano, transformando-se em um dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo. Com isso, a capacidade total de produção da Fibria, considerando-se todas as suas unidades, passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano.
Um dos maiores investimentos privados no Brasil com foco em exportação, o valor do projeto Horizonte 2 soma R$ 7,7 bilhões (equivalente a cerca de US$ 2,5 bilhões) e será realizado com recursos próprios provenientes da forte geração de caixa da companhia e com financiamentos de diversas fontes como BNDES, agências de créditos de exportação (ECAs), Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste, bancos comerciais e mercado de capitais.
Ao longo dos dois anos de execução do projeto Horizonte 2 serão criados 40 mil empregos diretos e indiretos. Durante o pico da obra, serão cerca de 10 mil trabalhadores. Quando entrar em operação, a nova linha de celulose da Fibria terá 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos.
“A ampliação da unidade de Três Lagoas segue a estratégia de crescimento com disciplina da Fibria, que considera uma janela de oportunidade para a entrada de nova capacidade de produção de celulose no mercado em 2018. É com muito orgulho que estamos fazendo esse grande investimento no Brasil, com foco no mercado exportador, contribuindo para a balança comercial brasileira, gerando empregos, melhoria na qualidade de vida e desenvolvimento local, regional e para o país”, afirma o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.
A execução do Projeto Horizonte 2 contará com cerca de 60 fornecedores locais. Ao longo das obras, a Fibria irá promover 500 mil horas de treinamento na área Florestal e outras 390 mil horas de treinamento na área Industrial, incluindo a preparação da equipe própria e de terceiros. As obras também terão impacto positivo nas finanças públicas, com estimativa de arrecadação de impostos de cerca de R$ 450 milhões durante a construção.
As licenças ambientais para a ampliação da unidade de Três Lagoas, incluindo a licença de instalação, já foram obtidas pela Fibria. Além disso, a empresa vem investindo no desenvolvimento da base florestal na região com o objetivo de abastecer a nova linha de produção. O suprimento de madeira necessário para a operação da nova fábrica virá de florestas cultivadas no Mato Grosso do Sul e o aumento da demanda de eucalipto já está devidamente planejado. Serão necessários 174 mil hectares de florestas plantadas em áreas próprias, arrendamento e parcerias, além da compra de madeira futura de terceiros. Atualmente a empresa já conta com excedente de 107 mil hectares plantados ou sob contratos de plantio.
A Fibria foi pioneira em desenvolver a indústria de celulose em Três Lagoas. A unidade da empresa foi inaugurada em março de 2009, com capacidade para produzir 1,3 milhão de toneladas de celulose por ano. O movimento inicial da Fibria gerou outros investimentos do setor em Três Lagoas, levando a cidade a ser conhecida hoje como a “capital mundial da celulose”.
A unidade da Fibria em Três Lagoas segue conceitos de ecodesign, com processos produtivos mais limpos e um ambiente de trabalho agradável e seguro. Além disso, toda a energia consumida é gerada na própria fábrica, por meio de biomassa proveniente de cascas do eucalipto e biomassa líquida resultante do processo industrial. Com o projeto Horizonte 2, a unidade industrial, além de gerar e consumir a própria energia, passará a ter um excedente de 160 MWH, que contribuirá para o balanço energético brasileiro.
A celulose produzida pela Fibria em Três Lagoas é levada por transporte ferroviário até o Porto de Santos (SP), de onde é exportada para mais de 40 países.