Ainda em fase de execução do projeto de expansão da fábrica em Três Lagoas, a Fibria já fala na possibilidade construir a terceira unidade para atingir a produção de 10 milhões de toneladas de celulose/ano e consagrar-se no mercado como líder mundial na produção de celulose de eucalipto- marca já conquistada com as quatro unidades industriais.
A companhia conta com fábricas em Três Lagoas, Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Eunápolis (BA). Com a segunda linha em construção, em Três Lagoas, que terá capacidade de produção de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano, a companhia passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose para 7,25 milhões de toneladas/ano.
Para chegar a meta de 10 milhões de toneladas/ano, empresa pode ampliar a produção nas unidades atuais, bem como ampliar as fábricas ou construir a terceira linha, o que não é descartado pela empresa.
Entretanto, a construção da terceira unidade, que pode ser em Três Lagoas, ou em outro município, segundo o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, dependerá da demanda de mercado, entre outras questões. Como por exemplo, florestas plantadas.
“Existe a possibilidade de ter a terceira linha sim, mas só o tempo dirá. Três Lagoas tem potencial, fomos bem recebidos, somos uma empresa sul-mato-grossense e estabelecemos boas parecerias. Primeiro queremos formar a base florestal para termos um crescimento sustentável”, destacou Castelli que, esteve em Três Lagoas nesta terça-feira (27), acompanhando uma das etapas importantes do projeto de expansão que é a conclusão da montagem da estrutura metálica da caldeira de recuperação da segunda linha, que está com 54% das obras executadas.
Castelli explicou que, para criar uma floresta leva de cinco a sete anos e, para tomar uma decisão de investimento, teria que ser dois anos antes. “Se tivermos uma floresta de sete anos, e três anos antes, tomarmos as decisões, daqui quatro anos poderíamos- se as condições de mercado forem favoráveis e a empresa estiver em um bom momento, no seu plano estratégico, anunciarmos um novo projeto”, ressaltou.
De acordo com o presidente da Fibria, Três Lagoa comporta uma terceira unidade, tem área para isso. A fábrica seria no município, mas a floresta não necessariamente. “As florestas seriam mais longínquas. Três Lagoas tem espaço, mas preferimos diversificar. Não queremos ocupar maciçamente as áreas de um único município que, ao longo prazo, precisa ter outras atividades econômicas para usar a sua potencialidade”, salientou.
O presidente da Fibria esclareceu ainda que, é importante a floresta estar próximo à fábrica, pois diminui gastos com transportes. Citou como exemplo que o maciço florestal utilizado na unidade 1 fica a 65 quilômetros da fábrica, o da unidade 2, a 95 quilômetros, e de uma capacidade adicional, iria para 150 quilômetros de distância, ainda assim, segundo ele, seria competitivo para a empresa.