A Fibria ajuizou na semana passada mais uma ação na justiça contra a Eldorado Brasil, no valor de R$ 100 milhões, alegando que a concorrente usou indevidamente um clone de eucalipto registrado em seu nome. Na ação de propriedade intelectual e industrial, a Fibria utiliza o resultado de uma sentença cautelar para a antecipação de provas proposta há dois anos contra a Eldorado, comprovando que as amostras de eucalipto das duas empresas são praticamente idênticas.
Essa nova ação representa mais um capítulo da disputa judicial entre as gigantes da celulose, que iniciaram, neste ano, a ampliação de suas fábricas em Três Lagoas. A Eldorado chegou a questionar na justiça a realização das perícias. No entanto, em decisão proferida no dia 24 de julho, o juiz de Direito Márcio Rogério Alves alegou que não há qualquer irregularidade na coleta de amostras, tanto que foi plenamente permitido à requerida o acompanhamento de produção de prova. “Para que o feito não se eternize e por considerar devidamente produzida a prova pretendida, é de rigor a homologação do laudo pericial”, diz a sentença do juiz, que não analisou o mérito da ação, mas sim a legalidade da perícia realizada e da prova produzida.