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Maracaju

Frigorífico de Paranaíba retomará atividades e já começa a contratar 250 funcionários

Dentro de quatro meses o frigorífico estará trabalhando na capacidade máxima que é de 500 a 600 abates por dia

Carne que será produzida em Paranaíba será para exportação - Divulgacao
Carne que será produzida em Paranaíba será para exportação - Divulgacao

Nesta semana Paranaíba recebeu uma boa notícia no que tange o funcionamento da planta frigorífica do município. Serão de imediato 250 contratações e a expectativa é que dentro de 40 dias o grupo Total S/A retorne as atividades. A empresa aguarda a troca do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

Lucio Clei Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Indústrias de Alimentação (Sinfrig), já existe uma equipe para contratar as lideranças, onde será discutido o total de trabalhadores que serão contratados. “Os trabalhadores que saíram da Marfrig já sabem como funciona a operação da indústria, por isso a probabilidade é que os funcionários sejam os mesmos”, disse em entrevista ao RCN Notícias.

Para o presidente, dentro de quatro meses o frigorífico estará trabalhando na capacidade máxima que é de 500 a 600 abates por dia, além de desossa de quatro mil operações/dia. Lucio ainda falou sobre a situação dos trabalhadores que foram dispensados, principalmente pelo cenário econômico do Brasil. “Estamos passando por um momento muito difícil, de demissões e as indústrias estão enxugando o máximo. Toda região e Paranaíba sentiu muito, tínhamos casos de família inteira que trabalhava no frigorifico”, pontuou.

A cidade, conforme o presidente, já vai sentir uma melhora quando reabrir as atividades do frigorífico, porém muitas pessoas ainda estarão desempregados, visto que na época 530 funcionários trabalhavam para o Marfrig.

Os interessados em trabalhar no frigorífico devem deixar o contato no próprio local, onde existe uma pessoa responsável em receber todos os currículos. Os telefones de contato são 3668 6114.

A carne que será produzida em Paranaíba será para exportação. Outro ponto que Lucio comentou foi a reabertura do Matadouro Municipal, onde serão contratados cerca de 100 pessoas. “É excelente para nós, já absorve a mão-de-obra local”, explicou.

Frigorífico

A Justiça do Estado de Goiás expediu uma ação de despejo para que o Marfrig desocupe a planta frigorífica de Paranaíba em 30 dias. A decisão contempla ainda as plantas de Rio Verde – GO e Rolim de Moura – RO, que também estavam arrendadas para o Marfrig.

De acordo com Mauro Suaiden, um dos proprietários do extinto grupo Margem, a expectativa era que no início de setembro a Total S/A, antigo grupo Margem, reinicie seus trabalhos, com a contratação de pessoal.

“Vamos aproveitar esta mão de obra que foi dispensada pelo Marfrig, como a capacidade de abate será a mesma, é possível que contratemos a mesma quantidade de funcionários”, disse ele em entrevista ao Jornal do Povo.

O frigorífico Marfrig fechou a unidade de Paranaíba afirmando que o motivo seriam necessidades mercadológicas e argumentou junto ao sindicato que representa a categoria que havia falta de bovinos na região para abate. A informação pegou os funcionários e a cidade de surpresa, já que a planta de Paranaíba estava trabalhando com uma média alta de abate, em torno de 600 animais por dia. Todos os funcionários foram demitidos e as atividades do Marfrig foram encerradas em Paranaíba no dia 17 deste mês.

Mauro Suaiden e Geraldo Antônio Prearo eram proprietário do Grupo Margem que, em 2.008, pediu recuperação judicial, quando foi criada a empresa Total S/A, dona de todo o patrimônio do Margem. Como estava em recuperação judicial, arrendaram por cinco anos três plantas (Paranaíba-MS, Rio Verde-GO e Rolim de Moura-RO) para o Marfrig, cujo contrato encerraria em 31 de dezembro de 2.014.

Passados os cinco anos, com a recuperação judicial, a Total S/A estava em condições de tocar o negócio por conta própria, motivo pelo qual, segundo Geraldo Prearo, em abril de 2.014, a Total S/A comunicou o Marfrig sobre a intenção de pegar as plantas de volta, assim que terminasse o contrato em dezembro de 2.014. Em lugar de devolver as plantas arrendadas, o Marfrig entrou com uma ação renovatória na Justiça de Goiás, onde fica a sede do Grupo Total S/A, antigo Margem.

Em virtude de o Marfrig ter parado com as atividades no final do ano passado em Rio Verde (GO), onde dispensaram 534 funcionários, e fecharam a unidade; agora fecharam a de Paranaíba, dispensando 545 funcionários; e, segundo informações, também pretendem fechar a unidade de Rondônia, Geraldo procurou a juíza da comarca de Rio Verde para que ela se sensibilizasse e decidisse logo sobre a devolução das plantas para os seus donos.