Representantes do frigorífico Terra do Boi se reuniram nesta quarta-feira com os proprietários do Matadouro Municipal e Prefeitura de Paranaíba para discutir o interesse do frigorífico em retomar as atividades no local.
Desativado desde 2013, o fechamento do Matadouro prejudicou o fornecimento de carnes aos açougues, que ficaram obrigados a comprar carnes apenas de frigoríficos. Os atuais proprietários do Matadouro são Anário Mariano Filho e Hilário Carlos de Oliveira; eles não participaram da reunião, apenas um representante, José Silvio Mariano.
Conforme o advogado do frigorífico Terra do Boi, Galber Rodrigues que disse que os estudos junto a Prefeitura para a reativação do Matadouro já tiveram início, para ver a viabilidade deste funcionamento.
O frigorífico tem plantas em Auriflama (SP), Caçu (GO) e Doverlândia (GO), e neste momento a negociação para a reabertura em Paranaíba está em estudos preliminares, até por conta de algumas obrigações junto a Prefeitura a serem cumpridas. “Não existe certeza alguma, mas tem interesse, por isso estamos aqui e talvez exista a viabilidade econômica para isso ocorrer”, disse.
Questionado sobre prazos para a finalização do negócio, o advogado ressaltou que não tem como estipular prazos, pois existem outros entes governamentais envolvidos.
Acontece que como o Matadouro estava desativado, o Programa de Desenvolvimento Econômico de Paranaíba (Prodepar) requereu a área de volta, visto que havia sido doada a Anário e Hilário para a reabertura do Matadouro no ano de 2009. Para a reabertura, é preciso que esta questão seja resolvida.
O advogado não soube dizer qual seria a capacidade de abate do matadouro, nem a quantidade de empregos gerados, porém comenta-se nos bastidores da negociação que sejam gerados cerca de 50 empregos imediatos para abate de cerca de 100 animais, que atenda os açougueiros e proprietários de Paranaíba.
MATADOURO
Em 2009, o Ministério Público de Paranaíba, por meio da Promotoria do Meio Ambiente, interditou, o Matadouro Municipal. A denúncia da Promotoria do Meio Ambiente foi feita em 2000, porém, foram realizadas reformas no matadouro (represas, tratamentos, entre outras).
Antes disso havia uma espécie do comodato para alguns empresários assumirem o matadouro. Já em 2011, um ano e nove meses depois da interdição do Matadouro Municipal, ele foi reaberto. Depois de uma reforma total, e capacidade de 200 abates de bovinos por dia, o local, na época, teve o investimento de mais de R$ 4 milhões.
A administração do matadouro era do grupo Nutri Carnes Indústria e Comércio Ltda, de propriedade de Anário Mariano Filho e Hilário Carlos de Oliveira. Anário Mariano Filho contou que recebeu a oferta de prefeitura em assumir o Matadouro e para o início dos trabalhos todas as adequações necessárias foram feitas. Agora particular, o matadouro continuará com o mesmo sistema do antigo, porém, pela primeira vez, o abate será feito para o município. A estrutura antiga teve que ser praticamente toda destruída e uma nova levantada.