Funcionários da fábrica de papel e celulose Suzano, em Três Lagoas, realizam uma manifestação, na manhã desta sexta-feira (15), na porta de entrada da unidade. Este já é o terceiro protesto dos trabalhadores liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Papel e Celulose de Três Lagoas. Colaboradores de empresas terceirizadas também aderiram ao protesto que busca por reposição salarial, assim como manutenção de benefícios – entre eles, o plao de saúde com cobertura nacional.
Os ônibus que transportavam os funcionários não entraram na fábrica e se aglomeram do lado de fora, na mobilização organizada pelo sindicato da categoria. O sindicalista Almir Morgão explicou que a categoria não aceitou a contraproposta da Suzano, que ofereceu reajuste abaixo da inflação. "Além disso querem retirar benefícios que temos há 12 anos, que são o auxílio farmácia e o plano de saúde com cobertura nacional. Estamos prejudicados por uma cláusula que não é nada justa para os trabalhadores e prevê a troca de cobertura do plano de saúde. Mais de 40% dos trabalhadores da Suzano são de outros estados, ou seja, não teremos o resguardo da cobertura do plano estando fora", justifica.
O vice-presidente da Sititrel, Rudnei Francisco, declarou que a categoria apresentará as propostas em assembleia e na quarta-feira (20) irá realizar uma grande mobilização. "Nosso sindicato preza pela negociação. Mas quanto à paralisação: tudo é possível".
Outro lado
A empresa Suzano emitiu a seguinte nota: "Reafirmamos que a Suzano participa de todas as negociações sindicais, está sempre aberta ao diálogo e se empenha para chegar a um acordo que contemple os anseios das partes envolvidas. A proposta feita pela companhia contempla o pacote de remuneração total (incluindo salários, abono, ticket alimentação, auxílio creche, auxílio funeral, auxilio filho PCD, pagamento variável e outros benefícios), que é um dos melhores das empresas da região."