Em entrevista ao programa RCN Notícias da Rádio Cultura FM, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) fez uma avaliação dos seis meses do seu primeiro ano de governo. Azambuja disse que está governando com prioridades. “São seis meses de dificuldades, de queda de receita, mas nós estamos governando com as prioridades que nos elegeram, que é investir em saúde, segurança pública e diminuir tributos”, afirmou.
O governador destacou os trabalhos de atendimento à população através da Caravana da Saúde, ressaltando que esta é uma das ações do seu governo que tem dado resultados bastante positivos, juntamente com o aumento no número de policiais militares que melhora a segurança pública, além da redução da alíquota do ICMS do diesel de 17% para 12%, uma de suas propostas de campanha. “Estamos investindo em segurança pública, diminuindo o ICMS do diesel para aumentar a competitividade, pactuamos com a categoria da Educação, através de uma lei de valorização dos profissionais do magistério, enfim, é um governo de diálogo, de entendimento e que tem atendido todos os prefeitos, independentemente de sigla partidária, porque a gente não governa para partido, e sim para pessoas que precisam de atendimentos”, frisou.
Segundo o governador, mesmo diante de dificuldades com o governo federal não repassando ao Estado o que é de direito, Mato Grosso do Sul tem conseguido enfrentar a crise. “Estamos sem receber recursos financeiros devidos pela Lei Kandir, do Fundo de Exportação, e dos convênios que estão bloqueados, fato que significa obra paralisada. Mas, mesmo assim, estamos trabalhando e tentando melhorar, inclusive, a capacidade de investimento do Estado. Diminuímos o número de secretarias e estamos economizando, para fazermos os investimentos necessários”, destacou.
PETROBRAS
Em relação às obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III) da Petrobras, em Três Lagoas, o governador Reinaldo, disse que está pedindo uma audiência com o presidente da estatal, para saber qual é o posicionamento da companhia em relação a retomada da construção da fábrica, que está parada desde dezembro de 2014, quando houve o rompimento do contrato pela Petrobras com o Consórcio (UFN 3), formado pelas empresas Galvão Engenharia e Sinopec do Brasil.
Segundo Azambuja, o governo do Estado e a prefeitura concederam incentivos fiscais para garantir a construção desta fábrica em Três Lagoas, por esse motivo, quer uma posição da Petrobras. “A fábrica já está com mais de 80% pronta, é uma fábrica com enorme viabilidade. Portanto, não tenho dúvidas que a gente vai destravar isso. Vejo que a Petrobras está buscando um parceiro privado para colocar recursos novos para poder concluir esta obra. Mas, depois que tiver uma reunião com o presidente da Petrobras, darei informação mais detalhada sobre essa pendência ”, disse o governador.
ICMS
Durante a entrevista, o governador falou também sobre o projeto de lei que reduz a alíquota do ICMS do diesel de 17% para 12%, que entrou em vigor quarta-feira, 1º de julho. Azambuja disse que o governo fez a sua parte, agora os proprietários de postos de combustíveis precisam fazer a deles e garantir que o óleo diesel chegue mais barato até as bombas para o consumidor.
“O consumidor precisa buscar o menor preço, entendo que o diesel poderia até diminuir em R$ 0,20, o litro. Esse seria um número que daria competitividade para abastecer em Mato Grosso do Sul. O Sinpetro tem um compromisso com o governo, pois abrimos mão do ICMS, para que seja aumentado o consumo. Esse aumento no consumo é que fará a diferença do imposto que abrimos mão. É importante dizer que o contribuinte tem papel fundamental que é o de estimular a concorrência, e fazer com que os postos façam essa redução do imposto chegar às bombas para que caminhões abasteçam em Mato Grosso do Sul”, comentou.
HOSPITAL
Ainda durante a entrevista, o governador informou que está conversando com representantes da empresa CMT Engenharia, vencedora da licitação para a construção do Hospital Regional de Três Lagoas, para que, em breve, autorize o início desta obra. “O BNDES já autorizou o empréstimo ao governo do Estado, então, estamos aguardando um posicionamento da empresa, e quando tudo estiver certo, vamos marcar a data para ordem de início desta obra, que será importante para toda região”, comentou.