Nesta quarta-feira (26), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e os secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, e de Infraestrutura, Eduardo Riedel, cumprem agenda no Rio de Janeiro, onde se reúnem com a direção da Petrobras em busca de um posicionamento sobre o futura da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), da Petrobras, de Três Lagoas.
A informação foi divulgada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, durante evento na manhã desta segunda-feira (24), no Bosque dos Ipês, em Campo Grande, em comemoração aos 50 anos do SEBRAE/MS . “Estamos indo ao Rio de Janeiro na quarta-feira, onde teremos uma audiência com a Petrobras para solicitar um posicionamento da estatal em relação ao andamento da venda. Queremos saber quem está interessado, qual o interesse, como está o cronograma disso, se tem possibilidade de retomar esse processo e como está a questão do fornecimento de gás?”, disse Verruck.
O secretário destacou que a UFN3 é um projeto estratégico, não só para Mato Grosso do Sul, mas para o Brasil, já que o país tem uma carência muito grande de fertilizantes, tendo que importar o produto. “Queremos que a Petrobras se esforce para avançar esse processo de desinvestimento (da UFN3)”, ressaltou.
No final do ano passado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que, além da Acron Group, empresa russa, mais dois grandes grupos estavam interessados na compra da UFN3. Os nomes, no entanto, não foram divulgados por ela, na ocasião.
Atualmente, em média, cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são importados. A meta do governo federal é reduzir a importação em torno de 60% com o plano que o governo federal prevê lançar no começo deste ano.
A Petrobras colocou a UFN 3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no seguimento de fertilizantes. A empresa Rússia manifestou interesse na compra da fábrica, mas de mas depois desistiu da compra diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia.
O fornecimento do gás natural para o funcionamento da fábrica, segundo Verruck, será um dos questionamentos feitos durante a reunião de quarta-feira.
A obra da UFN 3 foi paralisada em dezembro de 2014 após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio responsável pela construção da fábrica que, na época, já havia consumido mais e R$ 3 bilhões.