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Governo vai retomar atividades da MS Mineral, confirma Verruck

Empresa estatal será reativada para organizar e estruturar a exploração mineral em Mato Grosso do Sul

Lavra subterrânea de manganês na mina Urucum
Lavra subterrânea de manganês na mina Urucum

Em entrevista exclusiva à Rádio CBN Campo Grande, nesta terça-feira (2), o secretário estadual Jaime Verruck, titular da pasta de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc-MS), confirmou que a estatal MS Mineral será reativada dentro de dois meses.

Segundo Verruck, a extinção da empresa chegou a ser ventilada mas a atual gestão do Estado pretende organizar e estruturar o setor de mineração, principalmente quanto à extração de areia, brita e cascalho, matéria-prima fundamental para a construção civil.

A MS Mineral será retomada como uma empresa de economia mista e o primeiro trabalho a ser feito será o planejamento mineral do Estado de MS, o mapa geológico com a identificação de terras raras, o mapa de mineração com o potencial de exploração (maciço de urucum-ferro, manganês, calcário e rochas ornamentais como prioridade),  e o levantamento dos Minerais Estratégicos, de acordo com o Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM-2030), do Ministério de Minas e Energia (MME). 

O projeto também deve conter uma proposta de política mineral sustentável e de preservação ambiental, além de prever toda a a regularização junto à Agência Nacional de Mineração (ANM).
 

Jaime Verruck em entrevista ao Jornal CBN Campo GrandeJaime Verruck em entrevista ao Jornal CBN Campo Grande – Foto: Bárbara Bejarano/CBN-CG

O secretário da Semadesc também informou que a empresa já conta com recursos a partir dos royalties da mineração, com o repasse da CFEM, a Compensação Financeira pela Exploração Mineral – dinheiro arrecadado das empresas que fazem a exploração mineral no país e distribuído para estados e municípios.  Atualmente, o Estado ocupa o 6º lugar no ranking de arrecadação nacional da CFEM, ficando atrás de MG, PA, GO, BA e SP.

 

No mês passado (dez/23), a cota recebida da CFEM por Mato Grosso do Sul foi de R$ 1.046.704, 38, conforme divulgado pela ANM.  Já o total de royalties destinados para os municípios sul-mato-grossenses, onde houve produção mineral, ultrapassa os R$ 4 milhões em dezembro, sendo Corumbá o maior beneficiado com R$ 2,592 milhões, devido principalmente à exploração do minério de ferro e manganês.

O setor de mineração nos municípios de Corumbá e Ladário somam investimentos de R$ 5 bilhões em exploração, ampliação e prospecção pelas empresas J&F, Vetorial, 3A Mining SA e MPP Mineração, com mais de 2 mil empregos diretos já gerados.

Clique abaixo e assista a entrevista na íntegra, onde foram discutidos vários temas ligados ao desenvolvimento econômico de MS:

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