A paralisação dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atingiu parcialmente a agência de Três Lagoas. Dos sete médicos peritos que atendem na agência local, apenas três aderiram ao movimento de greve nacional iniciada na última sexta-feira. A categoria reivindica a reposição das perdas inflacionárias de 27%, além de redução da carga horária de 30 para 40 horas semanais, entre outros benefícios que, se não forem concedidos, podem prejudicar a aposentadoria desses profissionais.
De acordo com o médico perito Paulo Verón da Mota, quatro médicos (incluindo ele) optaram por não aderir à greve e estão atendendo normalmente. Em média, na agência municipal, cada médico realiza de 12 a 14 perícias por dia, cerca de 40 atendimentos no total. Por isso, ele acredita que, por enquanto, essa greve não deve acarretar transtornos para os beneficiários do INSS que se submeterem à perícia médica.
Ainda segundo Paulo Verón, não existe demanda reprimida na agência de Três Lagoas. “Tem perícia que é agendada dentro de quatro dias. Temos uma demanda razoável, mas que está equacionada. Além disso, por falta de peritos na região, acabamos atendendo nos municípios de Brasilândia e Paranaíba”, comentou.
A abertura de concurso para suprir o déficit de 20 peritos no Estado também está na pauta de reivindicações da categoria. Segundo o movimento grevista, faltam médicos em 12 agências do Mato Grosso do Sul, o que obriga os segurados a se deslocarem para outros municípios.