Funcionários dos Correios em Mato Grosso do Sul decidiram interromper um movimento de greve iniciado nesta segunda-feira (12), após assembleias realizadas em cidades-sede do sindicato da categoria, como Três Lagoas, e decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) sobre pagamento de parte da mensalidade do plano de saúde da estatal.
Os grevistas tentam impedir o corte de benefício estendido a 400 mil pessoas em todo o país, que gera gasto anual de R$ 1,8 bilhão. Os Correios têm 108 mil empregados e 32 mil aposentados.
A discussão, contudo, prossegue. O sindicato prega a manutenção do benefício como direito adquirido dos trabalhadores – o que é contestado pela empresa.
Nesta terça-feira funcionam normalmente as três unidades da empresa – uma delas, terceirizada -, com 100% dos trabalhadores. Ontem, 70% haviam cruzado os braços. Correspondências e encomendas que ficaram acumuladas passam a ser entregues nesta terça.
COMO FICOU?
Quem ganha R$ 2,5 mil, por exemplo, pagará 2,5% do plano de saúde, ou R$ 62,50 por mês. Os filhos e cônjuges desse funcionário também pagarão percentuais sobre essa mensalidade de R$ 62,50, de 35% e 60%, respectivamente.
Quanto maior o salário do funcionário, maior será o percentual a ser pago do plano de saúde. Quem ganha acima de R$ 20 mil pagará 4,4% da mensalidade.