O juiz da 3ª Vara Civil de Três Lagoas, Renato Antônio de Liberali, determinou o bloqueio de R$ 1.431.595,69 em conta bancária da Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil S/A, empresas que formavam o Consórcio UFN 3, até então responsáveis pela construção da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas.
A decisão de 25 de fevereiro, atende ação judicial proposta pela empresa Unidas Segurança e Vigilância Patrimonial Ltda, de Três Lagoas, uma vez que não recebeu seus créditos por serviços prestados e reconhecidos ao Consórcio UFN 3.
De acordo com a decisão do juiz, o bloqueio deve ser feito através do BacenJud (Banco Central) de valores existentes em conta corrente ou aplicação financeira em nome de Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil S/A . Caso os valores sejam insuficientes, a decisão prevê que sejam penhorados os créditos da Sinopec e da Galvão junto às empresas para as quais estão prestando serviços.
Segundo o advogado da Unidas, Vanderlei José da Silva, a empresa solicitou o bloqueio das contas das contas da Galvão e Sinopec, mas caso não encontre, pede que sejam bloqueados recursos na conta de empresas que têm créditos a pagar às essas empreiteiras.
AÇÕES
Ao todo, vinte e sete ações tramitando na comarca de Três Lagoas contra as empresas que integravam o Consórcio UFN 3, algumas contra a Petrobras, responsável contratação do Consórcio e proprietária da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados. As empresas estão sem receber desde o ano passado.
Os fornecedores tentaram resolver a situação amigavelmente, mas não tiveram êxito. Chegaram a bloquear rodovias, fazer manifestações, também sem sucesso. Por esse motivo, resolveram ingressar com ações na justiça na tentativa de receberem seus créditos.
Na próxima sexta-feira, um grupo de lideranças políticas do Estado irá ao Rio de Janeiro se reunir com o presidente e novos diretores da Petrobras para tratar da dívida dos credores de Três Lagoas. A comitiva será liderada pela senadora Simone Tebet (PMDB), que contará com o apoio do senador Waldemir Moka (PMDB) e do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).