Lideranças políticas do Estado estarão no Rio de Janeiro na próxima segunda-feira, onde se reunirão com os diretores da Petrobras para tratar da dívida do Consórcio UFN 3 com fornecedores de Três Lagoas e cobrarão também um cronograma para a retomada da obra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), parada desde o final do ano passado. A comitiva, liderada pela senadora Simone Tebet (PMDB/MS) também estará no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para cobrar a liberação de recurso para a construção do Hospital Universitário, em Três Lagoas. Além de Simone, estarão participante dessas reuniões, o senador Waldemir Moka (PMDB/MS), o deputado federal Carlos Marum (PMDB)/MS) e a prefeita Márcia Moura (PMDB).
Em relação à UFN III, Simone disse que esta fábrica é de extrema importância para o Brasil. “Essa fábrica terá a capacidade sozinha de diminuir em 50% a nossa dependência de fertilizantes. Essa obra será retomada, sob pena, de crime de responsabilidade das autoridades, podendo falar, inclusive, em perda de cargos e tudo mais. Nós só queremos um cronograma para que o Estado não fique a mercê dos ventos”, destacou.
Ainda de acordo com a senadora, além da retomada da obra, é importante que os empresários do Estado possam receber seus créditos pelos serviços prestados ao Consórcio UFN 3. “A Petrobras através dessas empresas estão devendo para os comerciantes, empresários e fornecedores não só de Três Lagoas, mas de Campo Grande também, R$ 36 milhões. Esse é o crédito que Mato Grosso do Sul, através dos seus comerciantes, tem para receber da Petrobras. Então, essa questão também será discutida. Queremos saber quando vão pagar esses fornecedores”, salientou.
Na semana passado, conforme já divulgado pelo Jornal do Povo, o desembargador Agostinho Teixeira, da 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ/RJ), concedeu liminar para que a Petrobras possa recuperar equipamentos e materiais que estão armazenados nos galpões da Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil, empresas que formavam o Consórcio UFN 3. O desembargador determinou ainda que, no prazo de cinco dias úteis, as empresas providenciem o desembaraço aduaneiro dos bens retidos na alfândega, condicionado ao depósito judicial pela Petrobras no valor de R$ 2.453.067,18, e permita a retirada dos equipamentos pela estatal no Porto de Santos. A Petrobras alega que esses equipamentos são necessários para a retomada da obra.
HOSPITAL
Em relação ao Hospital Universitário, as lideranças vão ao BNDES para cobrar a liberação de R$ 36 milhões, que serão pagos pelo Estado através de um financiamento. No começo de fevereiro, o governador Reinaldo Azambuja também esteve no BNDES cobrando do presidente a liberação deste recurso, que é necessário para a construção do hospital, orçado em R$ 41,2 milhões, que visa atender ao Curso de Medicina da UFMS, em Três Lagoas, cuja obra já era para ter sido iniciada no começo do ano passado. Esta reunião estava prevista para acontecer no dia 13 deste mês, mas foi adiada pela Petrobras. Agora, com o encontro agendado para a próxima semana, espera-se uma definição para o empasse envolvendo a UFN III e o Hospital Universitário.