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Medicamentos podem ficar até 7,7% mais caros a partir de hoje

Podem chegar ao teto de 7% categorias que têm medicamentos como o omeprazol

No grupo dos 6,35% de reajuste de preço estão os antibióticos - Elias Dias/JP
No grupo dos 6,35% de reajuste de preço estão os antibióticos - Elias Dias/JP

A partir desta terça-feira, 31, medicamentos sofrem reajuste nos preços que pode chegar até 7,7%. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) fixou os percentuais, divididos em três faixas – 5%, 6,35% e 7,7% -, que foram publicados hoje, no Diário Oficial da União.

Medicamentos genéricos estão no grupo ao que se aplica o percentual máximo por serem tidos como de alta concorrência.

De acordo com matéria divulgada nesta terça-feira, pela Agência Brasil, o grupo que terá aumento de 5% concentra medicamentos de alta tecnologia e de maior custo, como a ritalina (tratamento do déficit de atenção e hiperatividade) e a stelara (para tratamento da psoríase). No grupo dos 6,35% estão os antibióticos. Podem chegar ao teto de 7% categorias que têm medicamentos como o omeprazol (tratamento de gastrite e úlcera) e a risperidona (antipsicótico).

Na semana passada, o Jornal do Povo falou com o farmacêutico e um dos delegados do Conselho Regional de Farmácia do Mato Grosso do Sul, Olentino Garcia de Queiroz, sobre o reajuste e citou a queda do poder de compra nas farmácias, causado pela dificuldade em adequar os gastos familiares com o reajuste dos impostos e o salário mínimo pago.

Durante a entrevista o farmacêutico três-lagoense também havia citado a falta de alguns medicamentos nas prateleiras das farmácias, nos dias que antecediam o reajuste ocorrido hoje.

Dentre os produtos estão os comercializados com maior frequência como os que controlam a pressão alta, diabetes periféricas, os para dores musculares e outros. A explicação, conforme Olentino, é que as indústrias farmacêuticas costumam segurar um pouco a distribuição com o propósito de soltar no mercado somente após a alta dos preços.

Olentino citou que um dos principais fatores da alta dos medicamentos teria também ligação com a alta do dólar, já que a indústria importa muitos sais.