Mesmo com o anúncio e início das obras de expansão das fábricas de celulose em Três Lagoas, o valor do aluguel não sofreu alteração na cidade, segundo informou o presidente da Associação dos Corretores de Imóveis, Alberto Gusmão, para quem esse fato, reflete oferta maior que a procura.
Gusmão disse que, a baixa procura por imóveis para locação deve-se ao fato também dos trabalhadores que foram contratados para as obras de terraplanagem da Fibria e Eldorado, serem, na sua maioria, de Três Lagoas. Além disso, comentou que, nesta fase da obra, não está havendo a contratação de trabalhadores em grande número.
O pico dessas obras está previsto para meados de 2016, será a partir daí, segundo Gusmão, é que ocorrerá uma procura maior, embora, não acredite numa elevação nos valores de aluguel. “A tendência, nesse período, é que haja uma estabilização no preço, mas não supervalorização. Acreditamos em uma pequena aquecida na locação para o segundo semestre do ano que vem, mas os valores praticados deverão ser mantidos. Os preços devem ser estabilizados”, frisou.
De acordo com Gusmão, em média, existem cerca de 1.300 a 1.500 imóveis residências em oferta para locação em Três Lagoas. O preço médio de um imóvel residencial térreo ou apartamento, com dois quartos, ou com suíte, atualmente é de R$ 700. Segundo Gusmão, é possível encontrar, dependendo da local, pelo valor de até R$ 500. “Essa acomodação já era esperada há alguns anos. Muito imóveis foram construídos nos últimos anos. Atualmente, a oferta tem sido maior do que a procura, além disso, existe uma acomodação de mercado em consequência da situação em que o país se encontra”, destacou.
Outra questão que faz com que a situação neste ano seja diferente em relação aos períodos anteriores de construção dessas fábricas deve-se ao fato do número de alojamentos disponíveis em Três Lagoas. Além dos três construídos há alguns anos pelas empresas, a cidade ganhou outros de investidores da iniciativa privada. Até o momento, todos os alojamentos continuam desocupados.