O Ministério da Infraestrutura (Minfra) autorizou a empresa de celulose Suzano construir e operar ferrovia na região Leste de Mato Grosso do Sul pelo prazo de 99 anos. Serão 231 quilômetros de ferrovia ligando Inocência a Ribas do Rio Pardo, onde está em construção mais uma fábrica da Suzano. O projeto, com investimento de R$ 1,7 bilhão, prevê ainda a construção de um ramal ferroviário de 24,7 quilômetros em Três Lagoas, onde estão as duas unidades da Suzano.
A empresa aguarda agora a provação de um trecho ferroviário entre Três Lagoas a Aparecida do Taboado. Além da Suzano, a Eldorado Brasil já recebeu autorização para construiroutro trecho entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado, num investimento de R$ 890 milhões. A Ferroeste também teve aval para operar ferrovia, ligando Maracaju a Dourados, no valor de R$ 1,2 bilhão.
SUZANO
A ferrovia entre Ribas do Rio Pardo e Inocência será conectada com a linha férrea da Rumo. Um pátio de espera para despacho das mercadorias será construído com capacidade para 80 vagões de celulose.
De acordo com o projeto, os 231 quilômetros serão construídos em bitola larga, num investimento de R$ 1,6 bilhão. Já os 24,7 quilômetros do ramal que será construído entre as unidades da Suzano em Três Lagoas até a ferrovia da Rumo e prevê investimentos de R$ 170 milhões. O projeto consiste em uma ferrovia com bitola mista com 1.800 metros de cumprimento, que será paralelo a BR-158. Um pátio adicional de manobras e despachos das composições será construído na área do armazém de expedição da fábrica.
Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, as audiências públicas serão agendadas e as empresas esperam a homologação dos termos de regulamentação sobre o funcionamento e os prazos. “Agora nós vamos começar a marcar as audiências públicas nos municípios da área de influência da ferrovia. Ainda não foram determinados os locais, nem sobre a questão do impacto ambiental”, informou o assessor de logística da secretaria, Lúcio Lagemann.
O secretário da pasta, Jaime Verruck, destacou que mais de 30 mil empregos devem ser gerados com a implantação das ferrovias em Mato Grosso do Sul. “ A reativação da malha ferroviária estadual é uma realidade já que as obras já estão protocoladas no Ministério de Infraestrutura. Esse foi um grande avanço do marco legal das ferrovias, desregulamentando e criando novas possibilidades de investimentos privados”, destacou Verruck.