A ministra Tereza Cristina, da Agricultura e Abastecimento, está ultimando entendimentos com a equipe econômica do governo federal visando a definição das linhas gerais do Plano Safra 2020-21 que deve ser anunciado nas próximas semanas. Na avaliação da ministra, a produção rural deverá ser o principal indutor da recuperação econômica, tão logo esteja superada a pandemia. Tereza revelou que, mesmo agora, a produção vem se mantendo em níveis elevados, garantindo contratos de exportação (que atraem divisas) e o abastecimento interno.
Desde as primeiras medidas de isolamento social, a ministra interviu no sentido de garantir condições para a produção e principalmente para a distribuição dos produtos pelo país. Além disso, passou a cuidar também da conquista de novos mercados, como o Egito, que passou a importar carne brasileira em larga escala, além de garantir a retomada das encomendas de mercados tradicionais, como o da China (que exigiu algum esforço diplomático, diante de incidentes provocados pelo próprio Governo).
Mais recentemente, Tereza Cristina passou a ser alvo de alguns ataques de adversários que, nas redes sociais, aproveitaram o clima da demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, para pedir também o seu afastamento. A ideia, apoia por setores ultraconservadores do campo, não prosperou e terminou por fortalece-la politicamente. Além do apoio reiterado da bancada ruralista, Tereza passou a receber também apoio público de entidades de classe, como do Sindicato Rural de Campo Grande, além da mobilização da bancada de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional.
Mais recentemente, a própria ministra tranquilizou o mercado anunciando em vários momentos a interlocutores que não pretende deixar o cargo e que não há qualquer efeito prático a movimentação de adversários nas redes sociais. Segundo Tereza Cristina, seu trabalho é técnico e vai continuar enquanto os resultados forem bem avaliados e enquanto for desejo do presidente Jair Bolsonaro, que a convidou para o ministério.