A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está em Moscou, na Rússia, onde participa de reuniões com autoridades e empresários para tratar sobre o fornecimento de fertilizantes para o Brasil. A ministra teve a garantia de que os russos não vão deixar de cumprir os contratos de fornecimento de fertilizantes ao Brasil, com possibilidade de aumentar o volume de exportações.
A ministra também esteve com o vice-presidente da produtora global de fertilizantes minerais complexos Acron, Vladimir Kantor, que garantiu o aumento de ao menos 10% das exportações de fertilizantes para o Brasil. Ele também informou sobre o prosseguimento das negociações para a aquisição da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), da Petrobras, em Três Lagoas.
Direto da Rússia, a ministra participou ao vivo na manhã desta quinta-feira (18), do RCN Notícias da TVC e Cultura FM e disse que à viagem à Rússia foi muito produtiva. “O mercado russo continua aberto e não terá diminuição no fornecimento de fertilizantes. Essa é uma ótima notícia para os produtores rurais. Temos outros países de quem importamos os fertilizantes, mas a Rússia é um grande parceiro estratégico do Brasil no fornecimento de fertilizantes”, destacou a ministra.
Tereza Cristina falou também sobre a reunião que teve com representantes da Acron Group, empresa russa que tem interessa na compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), da Petrobras, em Três Lagoas. “Estive com o vice-presidente que está muito entusiasmado com a possibilidade do fechamento das negociações a respeito da UFN 3. Me disse que as negociações estão bem adiantadas com a Petrobras e o nosso embaixador na Rússia está acompanhando de perto [as negociações], sabendo da importância da UFN 3 para o Brasil, para Mato Grosso do Sul para a produção de fertilizantes”, informou Tereza Cristina.
A ministra destacou que a UFN 3 está com 80% das obras concluídas, e que se as negociações para venda com a Acron Group avançarem, a fábrica poderá entrar em funcionamento dentro de um ano e meio. Tereza ressaltou que o Brasil importa mais de 50% dos produtos nitrogenados, e a operação da UFN 3 será importante para suprir parte desse mercado, atendendo principalmente os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Paraná.
“A boa notícia é que eles [russos] voltaram à mesa de negociação, e chegando ao Brasil, vou agendar uma reunião com o presidente da Petrobras para saber quais os próximos passos para que esses investimentos possam ser concretizados. São muitas coisas que são confidenciais de uma negociação, mas o que eles nos colocaram foi o otimismo desta vez para que a negociação chegue a um bom termo em pouco tempo, e a empresa pode adquirir a UFN3. As intenções são as melhores possíveis, não só com a fábrica, mas com investimentos um pouco maior também na distribuição de fertilizantes”, ressaltou a ministra.
Tereza Cristina disse que a UFN3 está bem localizada e o grupo russo tem experiência da produção desses fertilizantes. “Agora é torcer para que essa negociação dê certo e essa fábrica possa produzir e gerar empregos”, destacou.