O Rotary Club de Três Lagoas, organizador da 14ª edição do Motoshow na cidade, divulgou na tarde desta sexta-feira, 21, o balanço do evento deste ano. Em entrevista coletiva à imprensa local, o presidente do Motoshow 2015, Sandro Lorencetti, afirmou que aproximadamente seis mil pessoas circularam durante os três dias de evento, realizado no Arenamix. A expectativa era que o Motoshow reunisse 12 mil visitantes, superando o público do ano passado, de dez mil pessoas.
De acordo com Lorencetti, o show de sexta-feira, 16, com a banda mineira Jota Quest foi programada para receber entre oito e dez mil pessoas, mas pouco mais de cinco mil pessoas prestigiaram a abertura do evento.
O promotor de justiça do Meio Ambiente Antônio Carlos Garcia de Oliveira declarou-se assustado com “vazio” no Arenamix no dia do show de uma banda conhecida nacionalmente. “Embora o policiamento excessivo da Polícia Rodoviária Federal de quinta, 13, a domingo, 16, chamou a atenção de todos os três-lagoenses e turistas, felizmente o Motoshow não registrou nenhuma briga ou acidente nas dependências do Arenamix”, destacou. Totó, como o promotor é conhecido, confessou que ficou surpreso com a quantidade de autuações e multas da PRF.
A arrecadação com a venda de ingressos foi de R$ 67 mil, ou seja, R$ 93 mil a menos que na edição anterior. “Embora não tenha atingido nossa expectativa, que era de ultrapassar os R$ 160 mil arrecadados no ano passado, estamos satisfeitos com o resultado e reafirmamos o compromisso em destinar esta renda ao Hospital Auxiliadora”, declarou.
Toda a arrecadação será destinada para a construção da Unidade de Internação da Oncologia e Clínica Médica, no Hospital Auxiliadora. Conforme o responsável por esta obra, Hélio Moraes Leal, o projeto da construção já está pronto e as obras iniciarão no próximo mês. “A obra será feita em duas etapas e a primeira delas contará com 23 leitos. Nossa meta é entregar a ala em menos de um ano”, afirmou.
PREJUÍZOS
Para o empresário Leonardo Kono, atuante no ramo hoteleiro de Três Lagoas, os prejuízos não se limitaram a baixa arrecadação com os ingressos “o comércio local também deixou de lucrar”.
“O policiamento abusivo da PRF desde a véspera do início do Motoshow assustou os turistas, fazendo com que muitos retornassem à sua cidade de origem antes do término do evento”, ressaltou.
Segundo Kono, proprietário de um hotel em Três Lagoas, em edições anteriores a ocupação de todos os leitos aconteciam até 40 dias antes do início do Motoshow. “Esse ano tivemos dois problemas: a pouca procura por estadia e o check out antecipado”, lamenta.
O empresário afirmou ainda, a necessidade em investir mais no turismo de lazer local e não somente no turismo corporativo. “A cidade recebe muitos imigrantes para trabalhar, mas poucas pessoas vêm a passeio. Em eventos como este a cidade deve ser mais receptiva”, arremata.