Mato Grosso do Sul chega aos 43 anos neste domingo (11) com recordes de produção mesmo em meio à crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19. E, neste cenário dois desafios se destacam para o fortalecimento do Estados nos mercados internacionais: a logística e a preservação do meio ambiente.
Para o ex-ministro da agricultura e embaixador especial da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) para o cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues, além da logística, que é um ponto urgente para o Estado, o cuidado com o meio ambiente é essencial para garantir a conquista e a preservação de mercados no exterior.
“Os jovens estão muito ligados na questão da preservação, e ainda bem. Eles trazem ideias novas que integram o que já existe. Como eles vão ficar aí mais 40/50 anos no poder, é um assunto que ganhará cada vez mais destaque”, disse durante palestra. A ponte Brasil Paraguai que vai ligar as cidades de Carmelo Peralta, no país, vizinho e a cidade de Porto Murtinho, é uma das obras mais importantes da história do Estado. Aliada aos investimentos nas ferrovias, o projeto garante um novo cenário de exportações para Mato Grosso do Sul. Só a ponte, encurta em cerca de 15 dias a viagem dos produtos até os países do continente asiático, nossos maiores parceiros econômicos. O futuro será construído com capital privado, defende o ex-ministro, Maílson da Nobrega. “O governo será cada vez mais neutro daqui para frente, caberá parcerias com as iniciativas privadas para investimento”. Em 2020, no auge da crise econômica, Mato Grosso do Sul é o segundo maior produtor de carne bovina do país, o quinto maior de soja, quarto de milho, segundo de produtos florestais e quarto de cana de açúcar.
O Estado ocupa o terceiro lugar no ranking dos que mais realizaram investimentos entre os anos de 2015 e 2019, conforme levantamento realizado pelo jornal Valor Econômico, com crescimento de 45% em investimentos no período. Mais de R$ 1 bilhão de reais já foram aprovados para projetos via FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) e outro R$ 1 bilhão já está em análise para liberação nos próximos meses.
Os horizontes de produção do Estado são promissores, o que torna ainda mais importante superar o desafio da logística de um lado e o da consciência do desenvolvimento sustentável do outro, equilibrando assim o Estado entre progresso e qualidade de vida.