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Agronegócio

MS encerra safra 20/21 com produção recorde de soja

Produtores colheram 13,3 milhões de toneladas, 17% a mais que na temporada anterior

- Foto: Ilustração
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Os produtores sul-mato-grossenses colheram volume recorde na safra 2020/21, de 13,305 milhões de toneladas. O volume é 17,8% maior se comparado com a temporada anterior. Além disso, a produtividade também alcançou patamar acima do esperado, de 62,8 sacas por hectare.

Os dados são do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA/MS) e foram divulgados, nesta terça-feira (27), pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, e pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), André Dobashi.

A soja foi plantada em uma área de 3.529 milhões de hectares, 4% maior que o total da temporada passada. Houve uma redução das expectativas, já que os produtores e técnicos esperavam uma extensão de mais de 3,6 milhões de hectares.

Segundo o presidente da Aprosoja MS, os produtores tem investido em tecnologias para melhorar a qualidade da semeadura e do solo o que fez com que, em meio ao atraso no desenvolvimento no início do plantio, em razão do clima, o Estado atingisse resultados acima dos esperados. Além disso, a grande quantidade de chuva que caiu sob as lavouras em janeiro também não impactou negativamente na produção.

“Mesmo com a diminuição, nós conseguimos alcançar o recorde de produção, o que coloca o Estado em uma posição bem diferenciada neste ano”, destaca. Dobashi ainda ressalta que a expansão de área é feita em espaços degradados pelas pastagens.

Entre os municípios, Ponta Porã foi o que mais teve crescimento do espaço para plantação de soja.

A preocupação agora é com relação ao milho segunda safra, já que o atraso na produção da soja impactou diretamente no retardo no desenvolvimento do cereal. Entre os fatores que podem impactar o milho estão a alta demanda por grãos.

“Sempre que temos a semeadura de soja concentrada no final de outubro e começo de novembro, consequentemente, temos más notícias para o milho, que acaba sendo semeado em uma janela que não é a ideal, já em meados de março. Com isso e com as previsões pessimistas do clima, estamos apreensivos e estimando 2 milhões de hectares plantados com média de 75 sc/ha", destaca Dobashi.

A estimativa do SIGA MS é de que a área destinada ao milho cresça, em média, 5,7%, passando de 1,895 milhão para 2,003 milhões de hectares. O volume de produção esperado é de 9,013 milhões de toneladas.