Mato Grosso do Sul registrou recorde nas exportações de carne suína in natura nos primeiros cinco meses de 2021. Segundo dados divulgados pelo Sistema Famasul, foram 7,5 mil toneladas enviadas ao exterior, aumento de 107% com relação ao mesmo período de 2020 e o maior volume registrado de janeiro a maio dos últimos dez anos.
Em receita, a comercialização somou U$ 13,3 milhões, o que representa alta de 131% na comparação com o ano anterior. Segundo a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira, a expectativa é de que os embarques continuem aumentando até o fim do ano.
“A China, assim como outros países da Ásia e da Europa, foram e continuam sendo impactados pela Peste Suína Africana. O cenário possibilita que o Brasil mantenha um bom ritmo nas vendas e permita assim, uma presença ainda maior do estado na comercialização deste produto”, explica.
Hong Kong é o principal destino da carne sul-mato-grossense, e corresponde a 63% do volume. Já Cingapura que, até 2019, não configurava entre os destinos da proteína, desde o ano passado ocupa a segunda posição no ranking dos clientes.
A carne in natura in natura inclui carcaças e meio, carcaças frescas e resfriadas, além de outras carnes refrigeradas que não passaram por processo de industrialização.
Ainda segundo as informações do Sistema Famasul, o Estado registrou aumento também no número de abates de suínos. Foram 1,05 milhão de cabeças abatidas entre janeiro e maio, número 6,89% maior com relação aos 985 mil animais abatidos no ano passado.
“A alta mostra que, apesar do desafio com os custos de produção mais elevados, o suinocultor mantém o investimento e responde aos estímulos da demanda”, afirma a analista.
Com relação ao preço do animal vivo, para o mês de maio, a referência foi de R$ 5,60 o quilo. Frente a abril, houve alta de 1,82%, já com relação a maio de 2020, a valorização foi de 36,58%. No acumulado do ano, o preço médio foi de R$ 5,78, 35,68% a mais na comparação com igual período do ano passado.