A Companhia de Gás do Estado de Mato Grosso do Sul (MSGás) deu início a última etapa do projeto de construção do ramal de distribuição de gás natural que atenderá a fábrica de celulose da Eldorado Brasil. Nesta semana, teve início, pela empresa CMT-Engenharia, a obra de instalação das treliças de sustentação ao duto que passará sob a ponte do rio Sucuriú.
O projeto de construção do ramal ao longo da BR-158 teve início no final de 2014. Mas foi ser paralisado por conta da transposição sobre o rio Sucuriú. A ideia da empresa sempre foi utilizar a ponte existente para a instalação das treliças. Em contrapartida, o Departamento Nacional de Infraestruturas e Transportes (Dnit) exigia garantias de segurança para autorizar o projeto. Nesse processo, chegou-se a cogitar a possibilidade de os dutos passarem por debaixo do rio, o que elevaria substancialmente o valor do projeto, orçado hoje em R$ 55 milhões. A utilização da estrutura da ponte foi aprovada pelo Dnit após garantias de que não haveria risco à população, ao meio ambiente e a estrutura não ficaria exposta.
Por meio de assessoria, o gerente de engenharia e tecnologia da MSGás, Rinaldo Damno, explicou que o ramal terá duas estações em suas extremidades, e está localizado na saída de Três Lagoas para Selvíria, na BR-158. O projeto já foi liberado pelo Dnit.
O ramal para levar gás natural à fabrica de celulose conta com 42 quilômetros de extensão, a maioria deles já instalada, restando somente a transposição do rio.Dados do Relatório de Acompanhamento do Projeto Eldorado, até junho deste ano, haviam sido implantados 39,18 quilômetros de rede, dos 42 km total previsto.
A companhia informou ainda que está tudo preparado para a execução da obra sob o córrego Dom Thomas e acessos à ponte do Sucuriú. “Também já foram obtidas todas as autorizações necessárias e iniciada a aquisição do material para confecção da estrutura de suporte à tubulação”, destacou.
A estimativa que é a empresa forneça cerca de 140 mil m³ por dia à fábrica de celulose da Eldorado Brasil. O volume é semelhante ao fornecido hoje para a Fibria, maior cliente atual da MSGás, depois do gás natural destinado às usinas termelétricas. Entre os municípios do Estado, Três Lagoas figura como maior consumidor do gás natural, em decorrência do seu parque industrial.