Desde 2011, a fábrica de biscoitos da Pepsico, antiga Mabel, em Três Lagoas, paga o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para a prefeitura. De 1998, quando a empresa inaugurou a fábrica em Três Lagoas, até 2010, a empresa tinha isenção de IPTU. Depois, passou a pagar o imposto, no valor de R$ 80 mil por ano.
Em razão do fechamento da fábrica na cidade e de não ter mais o interesse em permanecer com as atividades no município, é que a empresa já teria iniciado tratativa para a venda de área de aproximadamente 150 mil metros quadrados.
O terreno está localizado no Distrito Industrial de Três Lagoas e foi doado pelo município. Segundo o prefeito Ângelo Guerreiro (PSDB), a empresa cumpriu com todas as obrigações previstas na lei que autorizou a doação da área. Por esse motivo, o terreno é de propriedade da empresa, e pode ser vendido.
O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaime Verruck, disse em entrevista a rádio CBN Campo Grande, emissora integrante do Grupo RCN de Comunicação, que o governo estadual foi “pego de surpresa” com o fechamento da fábrica.
Depois de 21 anos de operação na cidade, a empresa anunciou o fechamento da fábrica, alegando questão de estratégia, pois concentrará sua produção de biscoitos nas plantas de Sorocaba (SP), Aparecida de Goiânia (GO), e Itaporanga D’ Ajuda (SE).
Para Verruck, o fechamento da fábrica gera preocupação, pois não é fácil “colocar” 360 funcionários rapidamente no mercado de trabalho.
Além do fechamento de postos de trabalho, o secretário destaca que o encerramento das atividades da empresa, é ruim para a produção industrial do Estado, bem como para a arrecadação de impostos.
Ainda de acordo com Verruck, em outubro do ano passado, o governo do Estado postergou os incentivos para a Pepsico até 2032, com o compromisso de que a empresa iria gerar 400 empregos e investir R$ 11 milhões.
O secretário disse que, assim que recebeu o comunicado do fechamento da fábrica entrou em contato com os diretores da unidade para saber o que o governo estadual poderia fazer para reverter a situação. No entanto, a resposta foi de que nada poderia ser feito, já que a empresa decidiu concentrar suas operações em outras unidades.