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Posição

'Não devemos entregar de mão beijada a UFN3 para a Rússia', diz Simone

Segundo a senadora a negociação, realizada pela Petrobrás, deixará o país ainda dependente dos fertilizantes russo.

"Brasil precisa se posicionar contra o absurdo que está acontecendo na Ucrânia", diz Tebet - Divulgação
"Brasil precisa se posicionar contra o absurdo que está acontecendo na Ucrânia", diz Tebet - Divulgação

A pré-candidata à Presidência da República e senadora, Simone Tebet (MDB), criticou a negociação que viabilizou a venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-3), de Três Lagoas, para o grupo russo Acron. Segundo a parlamentar, o acordo deixa o país ainda dependente da Rússia, em relação ao consumo de fertilizantes, algo fundamental para o bom desempenho do agronegócio brasileiro. 

A declaração aconteceu durante o Jornal CBN Campo Grande. O tema ficou ainda mais evidente com a invasão do governo de Vladimir Putin na Ucrânia. Segundo Tebet, enquanto o mundo está embargando economicamente a Rússia, o Brasil está viabilizando o negócio com um país invasor e que está em guerra”. 

“Enquanto mundo se posiciona contra esse absurdo que o Putin está fazendo com seus vizinhos, o Brasil ainda não tomou nenhuma medida enfática contra isso. Eles estão bombardeando maternidade, isso é um absurdo, mas o Brasil ainda não tomou nenhuma posição contra esse absurdo, como se nada estivesse acontecendo”, criticou.

Ainda de acordo com Tebet, o negócio pode deixar o país ainda mais dependente da Rússia, em relação aos fertilizantes. 

"Sem fertilizantes, a  gente exporta menos e também colocamos menos comida na mesa do trabalhador. Portanto, quando a Petrobrás resolveu vender, é um direito dela, mas viabiliza a negociação com a maior empresa russa, que tem seus interesses, que vai misturar aqui o fertilizante que eles já exportam. Ou seja, nós vamos continuar dependentes da Rússia?”, perguntou.