Os índices oficiais comprovam que Três Lagoas chega aos seus 105 anos de emancipação político- administrativa com crescimento significativo em vários setores. Em que pesem os naturais problemas, típicos de uma cidade de médio porte, o clima é de franco desenvolvimento com muitos motivos para comemorar.
Atualmente Três Lagoas é responsável por mais da metade das exportações de Mato Grosso do Sul. O município ocupa o primeiro lugar no ranking das cidades do Estado que mais comercializam produtos para outros países. Três Lagoas desbancou cidades maiores como a capital Campo Grande e Dourados, além de Corumbá com seu movimento de mineração.
Antes da instalação do complexo de celulose, figurava na lista dos pequenos exportadores. Em 2006, o município conseguiu ocupar a terceira posição no ranking do Estado entre os municípios que mais exportaram. O bom desempenho da balança comercial na época foi atribuído às vendas dos produtos das indústrias de fiação e tecelagem.
A partir de 2009, saltou como o maior exportador do Estado. Em 2008, por exemplo, o município faturou apenas US$ 15,729 milhões com as exportações. No ano seguinte, com o início da operação da primeira fábrica de celulose e papel, as exportações de Três Lagoas somaram US$ 347 milhões. A partir daí, não saiu mais da liderança dos municípios que mais exportam. Somente no primeiro quadrimestre deste ano, Mato Grosso do Sul vendeu UU$ 588 milhões em celulose, totalizando 1.497.991 de toneladas.
ARRECADAÇÃO
Com a chegada das fábricas de celulose e papel, o município passou a ter um incremento considerável no ISS, imposto municipal, e também de ICMS, arrecadado pelo Estado.
Em 2004, a Prefeitura de Três Lagoas tinha um orçamento de R$ 55 milhões – último ano da gestão do segundo mandato do prefeito Issam Fares (MDB). Em 2006, foi de R$ 88 milhões. Na época, era considerado um orçamento elevado, no segundo ano do primero mandato da então prefeita Simone Tebet (MDB). Em 2008, a previsão já era de R$ 126 milhões.
Em 2011, a receita do município saltou para R$ 235 milhões. Em 2013, chegou a R$ 330 milhões. Em 2015, atingiu a casa dos R$ 414 milhões. Em 2016, R$ 500 milhões.
Em 2018, a Prefeitura de Três Lagoas arrecadou R$ 619,4 milhões, quase cinco vezes mais do que há 10 anos. Em 2019, a arrecadação foi de R$ 615 milhões. Para este ano, a receita estimada é de R$ 700 milhões.
HABITANTES
A população de Três Lagoas também cresceu significativamente nos últimos anos. A partir do desenvolvimento industrial com a chegada das fábricas de celulose e papel, em 2007, o município passou a receber um número maior de moradores.
Atualmente, Três Lagoas tem 121 mil habitantes, segundo dados do IBGE, referente a 2019. Em 2009, a população da cidade era de 89 mil pessoas. Em dez anos, a cidade ganhou 32 mil novos moradores. O número de habitantes que Três Lagoas ganhou nos últimos dez anos é maior do que a população de 65 municípios do Estado, composto por 79 cidades. Além dos moradores fixos, Três Lagoas tem ainda uma população flutuante estimada em mais de 10 mil habitantes, que não são contabilizadas pelo IBGE.
Líder em crescimento industrial, entre as principais cidades do Estado, Três Lagoas só perde para Campo Grande, com 895.982 habitantes e para Dourados com 222.949 moradores. Corumbá aparece em quarto com 111.435 habitantes.
RIQUEZA
A industrialização também proporcionou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)- soma de todas as riquezas geradas no município. Em 2004, por exemplo, o PIB era de R$ 983 milhões. Em 2010, saltou para R$ 3,9 bilhões, ocupando a terceira posição no Estado. Em 2016, atingiu R$ 8,7 bilhões, ocupando a segunda posição no Estado, atrás apenas de Campo Grande. Em 2019, o PIB do município passou para de R$ 10 bilhões.
Três Lagoas está entre as 100 cidades com maior capacidade de produção de riquezas do país. Entre os cinco mil municípios brasileiros, Três Lagoas aparece em 96º lugar com o melhor PIB.