O primeiro Fórum RCN de Economia será na próxima terça

Diversificação de mercados, capacidade de reação dos empresários diante das dificuldades, a ciência e o risco de novas pandemias, cenário de guerra, exportações, a nova geração do agro, cautela na gestão de caixa, investimentos financeiros e em educação, novas tecnologias e fontes renováveis de energia são alguns dos temas em pauta durante o 1º Fórum RCN de Economia, marcado para o dia 28, próxima terça-feira, em Campo Grande.

A necessidade de se discutir o cenário econômico regional contextualizado em nível nacional e global vai reunir grandes nomes do setor para uma tarde inteira dedicada à conexão com empreendedores e técnicos, gestores públicos e privados, além do público em geral. As cinco grandes áreas dos negócios em Mato Grosso do Sul, baseadas principalmente no agro, aptidão natural do Estado, serão analisadas sob a ótica das mudanças pelas quais o mundo atravessa.

Além da indústria da celulose e do setor de mineração, outras grandes apostas dos especialistas para o futuro econômico e social sul-mato-grossense passam pela integração lavoura-pecuária, a produção das commodities soja e milho e também do etanol como destaque para os novos modelos de combustão para carros híbridos no mundo.

“Tudo isso sem falar do pantanal. Na minha opinião, um dos locais mais bonitos do mundo. Eu acho que Mato Grosso do Sul reúne algumas condições muito particulares e especiais, de possibilidade de crescimento dentro da nova economia, da economia de baixo carbono, economia de alimentar o mundo”, comenta o executivo e consultor Antônio Maciel Neto, um dos palestrantes convidados para o Fórum.

Maciel Neto pretende analisar também o impacto do recuo na produção globalizada e as novas maneiras de se trabalhar, com ênfase na mitigação de riscos e aproveitamento das oportunidades que o mercado oferece. Ele ressalta o poder transformador da informação. “O pilar de qualquer negociação é a informação! A primeira coisa é a gente separar dados e fatos de achismos. Muitas pessoas acabam se perdendo porque fazem análises superficiais.”

O consultor destaca ainda os impactos em toda a economia regional a partir da instalação da megaindústria de celulose da Suzano, no município de Ribas do Rio Pardo, considerado o maior investimento privado do país na atualidade. São R$ 19,3 bi, sendo R$ 14,7 bi na parte industrial e os outros R$ 4,6 bi investidos em estrutura logística, atividades florestais, entre outras iniciativas.

Para uma das economistas mais influentes do mercado financeiro do país, Zeina Latif, o recuo da globalização, deixando de gerar um ambiente mais estável no mundo, quando se fala em geopolítica, traz uma reflexão sobre o fortalecimento das economias locais. A especialista, que também participará como palestrante do 1º Fórum RCN de Economia, avalia que a atual complexidade dos fatos exige que todos estejam melhor informados para a tomada de decisão.

“Estamos vendo ambientes mais desafiadores. Não tem como a gente não estar conectado com as discussões sobre economia. Não só do nosso ponto de vista e dos empresários para decidir sobre os investimentos, sobre a produção e contratação, mas também para o nosso exercício de cidadania: saber do Brasil que a gente vive”, ressaltou Zeina, atual secretária de desenvolvimento econômico do Estado de São Paulo.