Três Lagoas ainda capenga na exploração da sua potencialidade turística. Cercada por rios e lagos, deixou de ser carinhosamente a Cidade Caçula aclamada por Dom Aquino Corrêa para ser chamada de Cidade das Águas. Mas todo esse manancial aquático ainda é pouco explorado. Não dispomos de um hotel tipo resort e nem um parque aquático como o que se ergue na vizinha cidade de Andradina, que certamente atrairá muitos turistas os quais procurarão nossos hotéis para o repouso e recuperação das energias gastas.
Diante da capacidade em receber turistas, esse parque aquático que se ergue na vizinha cidade paulista, inevitavelmente irá aquecer a ocupação de hotéis, bares e restaurantes aqui instalados. Entretanto, nenhuma providência de ordem governamental visando o incremento da atividade do turismo se registra em Três Lagoas. Embora, se tenha notícia de que está instalado o Conselho Municipal de Turismo, não se conhece estudos ou qualquer outra providência visando o incremento da atividade, que anos após ano continua desafiando as forças vivas do empresariado local. É imperativo a adoção de medidas estimulantes e de atração para o deleite de quem quer seja e que se sinta atraído para se esbaldar nas delícias de nossas águas.
Institucionalizado, o Torneio de Pesca Aquática na modalidade amador, pesque e solte, celebra neste ano a sua 11º edição, que será realizada entre os dias 28 a 30 de abril deste ano, depois de um recesso de dois anos dessa tenebrosa pandemia que atravessa o planeta, que aos poucos vai dando sinais para voltarmos às atividades plenas dentro do “novo normal”.
O fato é que se o poder público não adotar políticas de estímulo ao turismo, assim como de incentivo ao setor para incrementar mais desenvolvimento econômico para a cidade fora do eixo da industrialização propiciando mais uma alternativa de oportunidades para a geração de emprego e renda, havemos de continuar capengando no tempo, além de perder oportunidades para novos negócios. Volta e meia o governo federal através do Ministério do Turismo, realiza seminários, convoca setores organizados da atividade, mas ninguém de Três Lagoas dá as caras, seja por conta do elevado custo de deslocamento com passagens aéreas mais hospedagem e alimentação, seja porque ninguém do Conselho Municipal do Turismo formado na sua maioria por representantes da administração municipal não comparecem.
Esses deslocamentos não podem ser considerados gastos, mas sim investimentos, porque quem vai ou volta com uma boa ideia, pode, também, levar um bom projeto para obter recursos federais. Enfim, não podemos continuar tímidos e nem deixar de aprofundar estudos para estimular o turismo em Três Lagoas, cuja providência mais que tarda.