A greve dos caminhoneiros, que durou 10 dias em Mato Grosso do Sul, prejudicou exposições e eventos rurais. Agendados às vésperas do acontecido, eles tiveram de ser cancelados pelo fato de que a montagem de estandes e equipamentos agrícolas para exposição não chegarem em tempo.
Em Chapadão do Sul, a Exposul, que aconteceria de 30 de maio a 3 de junho, com shows de Gusttavo Lima, Thiaguinho e outros, foi cancelada pela diretoria do Sindicato Rural. Na capital, Campo Grande, a Semana Sul-Mato-Grossense do Leite, de 28 de maio a 3 de junho, também sofreu com o revés. O evento teve parte alterada, o 21º Encontro Técnico do Leite e a Feira Pró-Genética foram cancelados e serão realizados durante a ExpoMS, em setembro na Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul).
A Expomara, de Maracaju, anunciou o cancelamento da festa que completaria 50 anos em 2018. “Infelizmente tivemos que cancelar, pensamos em prorrogar, mas como não sabíamos como seria o final da greve, resolvemos cancelar”, disse presidente do Sindicato Rural. Christiano Bienz.
Prejuízos
De acordo com a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil, o prejuízo para o setor rural é de R$ 6,6 bilhões. Em Mato Grosso do Sul, a Famasul diz que o impacto foi de aproximadamente US$ 45 milhões nas exportações e U$ 36 milhões na produção. Suinocultura e avicultura foram os setores que mais sentiram. De acordo com o presidente da Associação dos suinocultores de Mato Grosso do Sul, Celso Philippi Junior, os dois segmentos acumulam mais de R$ 30 milhões de perdas pela falta de alimentos, que não chegaram às granjas. “Cerca de 32 mil porcas e 140 mil leitões ficaram sem ter o que comer, um caos”, disse. No entanto, ele afirmou apoio das entidades ao movimento dos caminhoneiros, que julgam legítimo pelo impacto do valor do diesel na produção.