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Passaporte da vacina deve ser implantado para o carnaval em Corumbá

Liga das Escolas vai exigir de turistas que as duas doses estejam em dia e, se possível, o reforço já tenha sido aplicado

Liga das Escolas vai exigir de turistas que as duas doses estejam em dia e, se possível, o reforço já tenha sido aplicado. - Foto: Divulgação/Prefeitura de Corumbá
Liga das Escolas vai exigir de turistas que as duas doses estejam em dia e, se possível, o reforço já tenha sido aplicado. - Foto: Divulgação/Prefeitura de Corumbá

A Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá (Liesco) vai passar a exigir vacinação contra a covid-19 de todos os participantes do desfile, principalmente dos turistas, para garantir maior segurança sanitária no Carnaval de 2022.

Atualmente, existe trabalho de conscientização com relação à vacinação, mas isso será transformado em uma obrigatoriedade nos próximos dias. O município está com a festa confirmada para o próximo ano e as escolas de samba estão promovendo eventos para angariar recursos desde outubro.

O Carnaval na cidade está programado para acontecer, apesar dos anúncios pelo Estado de que as festas devem ser suspensas. O evento é um dos principais motores econômicos de Corumbá e nos dias de festa movimenta em torno de R$ 14 milhões para a economia local.

Para garantir a organização do evento e promoção também, em novembro a Liesco participou do 2º Congresso das Escolas de Samba, realizado em Vitória (ES), para alinhar o Carnaval da cidade com protocolos nacionais e divulgar a festa para outras cidades. Além disso, duas oficinas estão sendo realizadas para aprimorar os carnavalescos. Outros eventos de capacitação ocorreram em Corumbá e fora da Capital do Pantanal desde outubro.

De verba pública, cada agremiação receberá em torno de R$ 60 mil, porém as escolas têm um custo médio de R$ 150 mil para entrarem na passarela. O público previsto é de até 25 mil pessoas por dia de desfile.

“Com relação aos desfiles das escolas de samba, todos os nossos segmentos já estão vacinados, 100%. Esses segmentos são todas as pessoas que trabalham em torno do Carnaval. Agora a gente está realizando uma conscientização, mas irá virar exigência para que todo o desfile esteja vacinado também. Temos que ter 100% dos que vão para a avenida vacinados”, afirmou o presidente da Liesco, Victor Raphael.

Corumbá tem uma alta taxa de imunização. Até esta terça-feira (30), 85,16% já receberam as duas doses ou a dose única. Isso representa 75.792 pessoas. Com relação à dose de reforço, 68,4% do público alvo foi vacinado, o que equivale a 15.662 moradores da cidade.

“É importante deixar claro que as escolas estão se preparando e se organizando. O acontecimento do Carnaval em si vai ser definido pelas autoridades sanitárias. Porém, o Carnaval não é feito do dia para noite, os desfiles demandam uma organização que não pode ser feita em apenas um mês. Estamos atuando com base na situação (da pandemia) que estamos”, comentou Victor Raphael.

Outro dado com relação à pandemia na Capital do Pantanal é que até esta terça-feira, não havia paciente no CTI e duas pessoas estavam internadas nos leitos clínicos. O último óbito registrado foi em 3 de novembro, de um homem de 34 anos, que tinha obesidade.

O secretário municipal de Saúde de Corumbá, Rogério Leite, ressaltou que já existem protocolos de biossegurança em execução e ele aponta que cravar que o Carnaval será realizado ainda pode ser prematuro. Ele pondera que o planejamento para ocorrer o evento está sendo executado também.

“Muito cedo para definição da realização. O planejamento da gestão como um todo existe e com toda certeza irá pela segurança dos munícipes e da cidade. O planejamento de um evento não indica a realização efetiva do mesmo. Isso faz parte do trabalho de gestão”, apontou Rogério Leite.